- O governo deve pagar o auxílio emergencial até 2023;
- Porém, apenas alguns beneficiários devem receber essa prorrogação;
- O pagamento será de R$250.
No final de outubro, o Auxílio Emergencial vai deixar de ser pago para os brasileiros beneficiados. Por conta da proximidade do fim do programa e da dificuldade de dar continuidade ao Auxílio Brasil, o governo de Jair Bolsonaro pretende pagar o benefício por mais tempo.
O Auxílio Brasil vai substituir o programa Bolsa Família para distribuir renda para as pessoas que estão em situação de pobreza ou pobreza extrema. Apesar disso, o governo está com alguns problemas para dar continuidade na implantação do programa.
A ideia é que o auxílio seja pago até janeiro de 2023, porém, somente para alguns beneficiários. Quer dizer, apenas os beneficiários do Bolsa Família seriam contemplados. O que totaliza 14,6 milhões de famílias.
Qual o valor do benefício?
Seriam pagos cerca de R$250 mensais, acumulados com os valores que as famílias já recebem do Bolsa Família, por ao menos um ano.
Auxílio Emergencial
O auxílio emergencial foi criado no ano passado para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
Inicialmente, seriam pagas apenas cinco parcelas e o valor seria de acordo com a composição familiar. Porém, por conta do recrudescimento da pandemia, o governo definiu que iria realizar o pagamento por mais dois meses, ou seja, até outubro de 2021.
Auxílio Brasil
Após o fim do auxílio, o governo vai implantar o Auxílio Brasil no lugar do Bolsa Família. O Novo Bolsa Família é a expansão do programa desenvolvido em 2003 pelo ex-presidente Lula (PT).
Com o intuito de desvincular da gestão petista, que vai concorrer à eleição de 2022, o atual governo também irá renomear para Auxílio Brasil.
O que muda com o auxílio Brasil?
O objetivo do presidente Bolsonaro e de sua equipe é aumentar o número de beneficiários e o valor médio de pagamento, sendo que atualmente é de R$192. O chefe do executivo já disse que o novo programa seria de R$300. Para isso, serão criados novos benefícios:
- Benefício Primeira Infância: voltado às famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
- Benefício Composição Familiar: direcionado às famílias com jovens até 21 anos;
- Benefício de Superação da Extrema Pobreza: complemento financeiro destinado às famílias que recebem benefícios, mas que mesmo assim, a renda familiar per capita não supera a linha de pobreza extrema;
- Bolsa de Iniciação Científica Junior: 12 parcelas mensais pagas a estudantes beneficiários do Auxílio Brasil que apresentem bom desempenho em competições acadêmicas e científicas;
- Auxílio Criança Cidadã: benefício pago aos chefes de família que consigam emprego e não encontram vagas em creches para deixar os filhos de 0 a 48 meses;
- Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares cadastrados no CadÚnico (Cadastro Único);
- Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: para beneficiários do Auxílio Brasil que comprovem que possuem emprego com carteira assinada;
- Benefício Compensatório de Transição: pago aos atuais beneficiários do Bolsa Família que perderem parte do valor recebido devido às mudanças trazidas pelo novo programa;
- Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes entre 12 e 17 anos que sejam membros de famílias beneficiárias e que se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros.
Quem poderá fazer parte do Auxílio Brasil?
Podem fazer parte do novo programa os beneficiários do Bolsa Família e aqueles que realizarem o seu cadastro no Cadúnico.
O que é CadÚnico?
O Cadúnico é um sistema do governo que reúne todas as informações socioeconômicas dos brasileiros, inscritos neste programa podem ter acesso a benefício pagos pelo governo como Bolsa Família,Auxílio Brasil e entre outros.
Como se inscrever?
Os cidadãos que podem receber o benefício podem fazer a solicitação e podem ir até um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o centro de atendimento em que se realiza o cadastro no CadÚnico.
O beneficiário deve buscar o Cras mais perto da sua casa. Neste período de isolamento social, o atendimento presencial está sendo realizado com horário agendado.
O CadÚnico não é apenas um cadastro para as pessoas com deficiência e sim um cadastro familiar.
Podem fazer parte do cadastro: o requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam no mesmo endereço. Documentos de toda família devem ser levados para realização do cadastro.