A pesquisa PoderData realizada entre o período de 11 a 13 de setembro apresentou dados sobre a receptividade dos eleitores aos candidatos. Estes dados apontam uma leve melhoria na situação de Bolsonaro nos últimos 15 dias.
Na avaliação, Bolsonaro conquistou 58% de reprovação contra 33% de aprovação, uma diferença de 25 pontos percentuais. Somente 9% alegaram não ter uma opinião. Vale lembrar que a situação do presidente já esteve pior, chegando aos 36% de reprovação no início do mês de setembro.
Ao analisar o resultado referente ao presidente da República, foi possível notar uma melhora pontual para o governo, ainda que o cenário se mantenha em um patamar negativo para o Planalto.
Isso porque, a taxa de reprovação federal está em 58%, diante de uma queda de 5 pontos percentuais em comparação à pesquisa anterior.
A pesquisa foi realizada via telefone entrevistando 2.500 pessoas de 469 municípios brasileiros das 27 unidades federativas do Brasil. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, os 53% de reprovação classificam Bolsonaro como “ruim” ou “péssimo” gestor.
Nota-se que a reprovação de Bolsonaro começou a crescer entre a virada do ano de 2020 para 2021, quando o presidente se posicionou contra a vacinação contra a Covid-19 e recusou a compra de vacinas.
Na época, também pairavam as incertezas sobre a renovação do auxílio emergencial em 2021, após ter vigorado durante nove meses no ano passado.
Os números refletem nitidamente que, mesmo diante de tantas promessas e mobilizações no âmbito social, a reprovação de Bolsonaro continua crescendo. Ao que parece, as investidas de Bolsonaro para a criação de um novo programa de transferência de renda não têm surtido efeito nos eleitores.
Pode-se dizer que a falta de credibilidade neste quesito também está relacionada à notável instabilidade do governo na elaboração de novas causas sociais, tendo em vista que nenhuma proposta é bem recebida pelos líderes partidários.
Agora, Bolsonaro tem feito menções à renovação do auxílio emergencial para 2022, em parte pelo desespero de sua popularidade junto à população vulnerável cair ainda mais.
No início da pandemia da Covid-19 Bolsonaro sancionou o auxílio emergencial, que começou a ser pago em abril com parcelas de R$ 600 e terminou em dezembro pagando R$ 300. Vale ressaltar que neste período, as mães solteiras chefes de família tinham direito à cota dupla, ou seja, R$ 1.200 e R$ 600, respectivamente.
Na época, o presidente foi glorificado como salvador da Pátria ao possibilitar que as famílias em situação de extrema pobreza pudessem colocar comida à mesa durante um momento tão difícil.
No entanto, a popularidade começou a diminuir e a reprovação aumentou também ao decidir alterar os valores do auxílio emergencial de 2021.
Para respeitar o teto de gastos as parcelas precisaram ser reduzidas para R$ 150, R$ 250 e R$ 375, quantias consideradas insuficientes por muitas pessoas, sobretudo diante da alta constante da inflação que tem provocado aumentos constantes e abusivos no preço dos alimentos e de tantos outros produtos.
Desesperado pela aprovação do povo e preocupado com a apreciação do Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família, que é sua grande promessa de campanha, Bolsonaro voltou a mencionar a possibilidade do auxílio emergencial voltar em 2022 ou ser renovado agora e continuar até lá. Contudo, o presidente não tem sido levado a sério.
Por esta razão, qualquer afirmação feita por Bolsonaro será validada somente mediante publicação de texto no Diário Oficial da União. Esse é o único respaldo legal e que será capaz de colocar fim às contradições que os políticos têm feito nas últimas semanas.