Ministro da economia faz pronunciamento polêmico sobre a concessão do auxílio emergencial. Nessa semana, Paulo Guedes, concedeu uma entrevista falando sobre as consequências do programa de complementação de renda desenvolvido durante a covid-19. De acordo com ele, o valor do beneficio ajudou os mais pobres a comprar geladeira e até casa própria.
Há mais de um ano enfrentando o novo coronavírus, a população brasileira passou a sentir os efeitos da pandemia em sua conta bancária. Para minimizar os impactos da crise, o governo federal criou o auxílio emergencial que tinha como finalidade garantir uma renda mínima para os mais pobres.
O projeto vem sendo ofertado desde abril de 2020, sendo novamente renovado em abril deste ano. De acordo com o cronograma do Ministério da Cidadania, a última parcela com o valor entre R$ 150 e R$ 375 será concedida no fim de outubro, encerrando assim o funcionamento do programa.
Auxílio ampliou a renda dos mais pobres?
Em entrevista, o ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou que o benefício trouxe uma importante lição: as famílias de baixa renda passaram a aprender a ampliar suas despesas mesmo recebendo pouco.
Segundo ele, o governo cobriu os rombos orçamentários desse grupo, permitindo assim uma evolução em seu nível social e econômico.
— Você sai de R$ 60 para R$ 600. Uma família sai de R$ 180 para R$ 1.800. Isso não é mais uma transferência de renda, isso é uma transferência de riqueza – afirmou durante evento de instalação da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
O gestor ainda informou que:
— A família se sentiu rica. Comprava material de construção, ampliaram a sua casa, uns compraram a casa própria, compraram geladeira. Foram ao supermercado e melhoraram a pauta alimentar. Um resultado espetacular, foi muito bom ver isso.
Quais os reais efeitos do auxílio emergencial?
É válido ressaltar que o programa oferta um valor máximo de até R$ 375. No entanto, atualmente a cesta básica vem sendo comercializada pelo preço de um salário mínimo, equivalente a R$ 1.100.
Além do aumento no preço dos alimentos, a população passou a pagar mais caro também pela gasolina, gás, energia e demais despesas. Segundo os estudos feitos pelo Dieese, uma família com 4 pessoas precisa de ao menos R$ 5 mil para custear todos os seus direitos básicos. Isso significa que as afirmativas de Guedes não condizem com a realidade dos brasileiros em vulnerabilidade.