Governo federal se pronuncia negativamente sobre a inflação nos alimentos. Nessa terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro respondeu aos seus seguidores virtuais sobre o aumento no valor da cesta básica. De acordo com o chefe de estado, o encarecimento foi motivado pelo isolamento social da covid-19.
Há mais de um ano o Brasil vem sentindo os impactos do novo coronavírus. Além da morte de mais de 570 mil pessoas, a população também passou a pagar mais caro para se sustentar. O valor da cesta básica, contas de energia, botijão de gás e demais despesas foi amplificado.
Bolsonaro diz que ‘fique em casa’ dimensionou a crise
Em suas redes sociais, o presidente passou a responder o questionamento de alguns internautas sobre o aumento no preço da cesta básica. Um eleitor, utilizou seu perfil para fazer a seguinte pergunta:
“Bom dia presidente! Dá um jeito de baixar o preço da cesta básica porque tá ficando difícil”.
Em resposta, Bolsonaro afirmou reconhecer que de fato está cada vez mais caro compras os itens básicos de alimentação, sob a justificativa de que se trata de uma consequência do “fique em casa que a economia a gente vê depois”.
É válido ressaltar que não é a primeira vez em que o presidente terceiriza sua responsabilidade de gerenciar a crise da pandemia. Enquanto os estados entravam em colapso, com milhares de mortes diárias pela covid-19, o chefe de estado negligenciava as recomendações da Organização Mundial de Saúde e negava investimentos para os hospitais e UPAS.
No último mês, afirmou que o peso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – imposto estadual – era de responsabilidade dos governadores, fazendo com que os combustíveis ficassem ainda mais caros.
Situação da cesta básica no Brasil
De acordo com os últimos levantamentos feitos pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante o mês de julho a cesta básica de São Paulo foi vendida a R$ 1.064,79, o equivalente ao atual valor do salário mínimo (R$ 1.100).
Os estudos do Dieese pontuaram ainda que os alimentos ficaram mais caros em 15 das 17 capitais pesquisadas na comparação entre julho e junho. Os maiores valores atualmente estão em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%).