Valor da cesta básica sobe em 15 capitais do Brasil, diz nova pesquisa

A última edição da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou um novo aumento no preço da cesta básica. A média se mostrou elevada em 15 das 17 capitais pesquisadas. 

Valor da cesta básica sobe em 15 capitais do Brasil, diz nova pesquisa
Valor da cesta básica sobe em 15 capitais do Brasil, diz nova pesquisa. (Imagem: Reprodução/Portal Brasil Campinas)

Conforme apurado, as cestas básicas mais caras foram identificadas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). Em contrapartida, as capitais que registraram uma queda mínima no preço da cesta básica foram: João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%). 

A pesquisa evidencia o impacto na renda das famílias em situação de vulnerabilidade social que não têm condições de arcar com o aumento no preço dos alimentos.

De acordo com a pesquisa, a cesta básica mais cara do país é a de Porto Alegre, com um custo de R$ 656,92. Em segundo lugar está a de Florianópolis por R$ 654,43 e em terceiro a de São Paulo que custa R$ 640,51.

Analisando exclusivamente a Região Nordeste, as capitais em que a cesta básica é mais barata foram encontradas em Salvador (R$ 482,58)  e Recife (R$ 487,60).

Porém, se os preços forem comparados aos praticados no mesmo período em 2020, nota-se um aumento no preço dos alimentos básicos que compõem a cesta básica em todas as capitais brasileiras que participaram da pesquisa. 

O percentual mais baixo até o momento é o de Recife com 11,81% contra Brasília com 29,42%. Em junho especificamente, os itens com o preço mais alto de acordo com o Dieese foram o açúcar refinado em 7%, a manteiga em 2,87% e o leite integral com 2,46%.

Em contrapartida, os produtos mais baratos foram os laticínios devido à baixa oferta do leite no campo junto ao aumento no custo de produção.

Nos últimos 12 meses, a inflação da cesta básica de alimentos foi afetada por um aumento superior a 20% em boa parte das capitais brasileiras. Uma possível e a principal explicação para esta mudança drástica no cenário se refere à queda ou redução na renda das famílias brasileiras que têm sofrido diretamente os impactos econômicos provenientes da pandemia da Covid-19. 

Outro fator que influencia no poder de compra da cesta básica e vários outros produtos e serviços está relacionado ao salário mínimo vigente que é de R$ 1.100.

O Dieese declara que o salário mínimo ideal para sustentar uma família composta por dois adultos e duas crianças deveria ser de R$ 5.518,79, ou seja, 5,02 vezes maior do que o piso nacional atual.