Apesar do reajuste do salário mínimo que agora está em R$ 1.045, o trabalhador brasileiro precisará abater aproximadamente R$ 45 de sua renda mensal para prestar conta as contribuições obrigatórias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com a reforma da previdência, a partir de março haverão novos descontos do INSS.
Todos os trabalhadores que possuem a carteira assinada terão um desfalque mensal com os descontos do INSS. Os valores irão variar de acordo com a renda de cada contribuinte, apresentando percentuais entre 7,5% a 27,5%.
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Aqueles que recebem até R$ 3 mil terão uma redução de R$ 45. Já quem tem um ganho acima do teto do sistema previdenciário, que atualmente é de R$ 5.839,45, vai perder R$ 40,21.
As cobranças são obrigatórias para que o trabalhador tenha acesso aos benefícios do INSS, como aposentadoria, salário-maternidade, auxílio-doença, auxílio-acidente, entre outros, é obrigatório contribuir.
Demais reduções salariais
Além das contribuições do INSS, o salário do trabalhador também é reduzido por meio do recolhimento do imposto de renda, ficando isentos apenas aqueles que ganham até R$ 1.903,98 por mês.
Feitos os descontos fiscais, há o abatimento dos benefícios profissionais como vale-refeição, vale-transporte, vale-cultura e coparticipação no plano de saúde.
Faltas não justificadas ao patrão, pensão alimentícia e contribuição sindical também diminuem o valor do salário.
Por fim, para aqueles que possuem contrato com instituições financeiras, há também a redução do empréstimo consignado.
Somente após calcular todos os descontos mencionados (se o trabalhador for obrigado a contribuir com cada um deles), é que se chega ao salário líquido, sendo o valor real depositado em sua conta após um mês trabalhado.
Quais serão as porcentagens dos descontos do INSS?
- Até um salário mínimo: 7,5%
- Acima de um salário mínimo até R$ 2 mil: 9%
- De R$ 2.000,01 a R$ 3 mil: 12%
- De R$ 3.000,01 até o teto (de R$ 5.839,45, em 2019): 14%
Alíquotas efetivas:
- Até um salário mínimo: 7,5%
- Acima de um salário até R$ 2 mil: 7,5% a 8,25%
- De R$ 2.000,01 a R$ 3.000: 8,25% a 9,5%
- De R$ 3.000,01 até o teto: 9,5% a 11,69%