No segundo semestre do ano passado, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tentou acelerar a análise dos benefícios pagando um bônus de produtividade e designou servidores para os regimes de trabalho semi presencial e de teletrabalho. A ideia era diminuir a dimensão da crise que se aproximava.
Além disso, o órgão aumentou para 7,8 mil os servidores que se dedicariam apenas a análise de benefícios.
Saiba mais: INSS comunica prazo para que todos os pedidos sejam analisados; confira!
No primeiro semestre de 2019, os funcionários destinados para a função eram 3 mil, de acordo com a autarquia.
Após a implantação do INSS Digital, no ano de 2018, o instituto enfrenta uma situação mais caótica. Enquanto a demanda aumentou, a produtividade na análise de benefícios diminuiu.
Atualmente, o INSS está com uma fila de quase dois milhões de processos parados há mais de 45 dias, que é o prazo determinado para o instituto dar a resposta de concessão do benefício ou não.
Para acabar com esse tempo de espera, o governo está preparando uma força tarefa para zerar o seu trabalho.
Na quinta-feira (23), o vice-presidente Hamilton mourão (PRTB), informou que o governo estuda convocar os militares da reserva para ajudar na redução dessa fila.
Em nota, o INSS afirmou que desde o ano de 2018 o órgão acumulou benefícios e isso piorou.
“Nos últimos anos, em especial em 2018 e nos primeiros meses de 2019, houve significativo acúmulo de requerimentos de benefícios pendentes de análise, gerando represamento mensal de processos não analisados e atraso na resposta ao cidadão”, admitiu o INSS.
O pagamento de bônus de produtividade fez com que cerca de 1 milhão de processos fossem finalizados de forma extraordinária no segundo semestre, mas os valores gastos com isso não foram revelados.
Os 2.211 funcionários começaram a trabalhar de forma presencial e com uma meta até 30% superior à normal. Ao todo foram destinados ao teletrabalho 877 servidores.
As medidas tomadas pelo Instituto aumentaram em 54% a 108% a produtividade média em comparação ao regime ordinário de trabalho.
Com essa situação de acúmulo de benefícios, o INSS está avaliando a necessidade de transferir 13,5 mil servidores para concluir essa fila em seis meses, porém ainda não se sabe se esse tempo será possível.