No próximo domingo, 25, Dia do Motorista, os caminhoneiros de todo o país avaliam realizar uma greve com objetivo principal de protestar contra o aumento no preço do diesel. Saiba mais.
O movimento que tem a liderança do CNTRC (Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas), pede o fim da Política De Preço de Paridade de Importação (PPI), que é aplicado pela Petrobras e uma garantia de piso mínimo de frete, estabelecido por lei após a greve de 2018, de acordo com informações da Folha de São Paulo.
A Folha informou que a mobilização terá início no domingo e a adesão dos profissionais pode aumentar na segunda-feira (26) e nos dias seguintes. Uma parcela da categoria já está apoiando a paralisação dos trabalhos, porém mais reuniões serão realizadas até a data para definir uma posição.
Reajuste surpreende
O primeiro reajuste no preço dos combustíveis na gestão do general Joaquim Silva e Luna na Petrobras, surpreendeu os motoristas. A poucos dias membros do CNTRC se reuniram com Joaquim e pediram que o combustível não aumentasse.
“Deixamos claro na reunião que se o diesel subisse ia afetar seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada”, afirmou Plínio Nestor Dias, presidente do CNTRC.
Mesmo causando um pequeno impacto no IPCA (inflação oficial), a alta no preço do diesel afeta toda a cadeia produtiva dependente do frete por estradas no Brasil.
Críticas a Bolsonaro
Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), afirmou que o aumento aconteceu por conta da pressão dos importadores de combustíveis e de investidores do mercado financeiro.
“O novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias anunciado hoje pela Petrobras é mais uma clara demonstração da equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro contra a população brasileira e que penaliza sobretudo os mais pobres”, disse.
O presidente da CNTRC afirmou que é Bolsonaro que manda na Petrobras e por conta disso, pode acabar com o preço de paridade internacional.
“Bolsonaro disse que ia apoiar os caminhoneiros, mas nunca fez nada por nós. Muitos motoristas se arrependem de ter apoiado ele” reclamou.
Quais os impactos da greve dos caminhoneiros para o Brasil?
Caso a greve se estenda por dias como aconteceu na última vez, preços de alimentos poderão encarecer por conta do atraso na chegada dos mesmos. Além dos combustíveis que poderão ficar escassos sem os transportes que fazem a reposição.