Após anunciar um novo reajuste no salário mínimo, o governo federal está procurando soluções para custear o acréscimo do piso nacional que lhe custará bilhões. O valor de R$ 1.039 foi modificado para R$ 1.045 e modificará, entre outras coisas, os pagamentos liberados pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
Segundo o ministro da economia, Paulo Guedes, a cada R$ 1 real reajustado no salário, são retirados cerca de R$ 355 milhões das contas do governo.
Desde o anuncio do presidente, Jair Bolsonaro, informando a modificação, a equipe de Guedes vem propondo estratégias para aumentar o orçamento.
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Entre as propostas sugeridas, está aumentar o repasse de dividendos pagos por empresas estatais ao Tesouro Nacional, principalmente o BNDES. Desse modo, espera-se que haja um aumento no lucro do banco por meio da venda de ações de empresas públicas e privadas.
Inicialmente, o primeiro procedimento realizado será a venda das ações do BNDES na Petrobras. O ministério da economia espera que a ação possa render aproximadamente R$ 23 bilhões à instituição financeira. Com o aumento do lucro, o BNDS ficará liberado para fazer um repasse maior por parte dos dividendos ao Tesouro Nacional.
O governo espera que a ação rentabilize entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões aos cofres públicos, podendo bancar a despesa extra de R$ 2,13 bilhões gerada pelo ajuste no valor do salário mínimo.
Somente no ano passado, o BNDS repassou cerca de 60% do total de seus dividendos para a União. Guedes espera que esse ano a quantia seja similar ou superior. Ele alega que trata-se de uma forma segura e eficaz de gerar renda para a união.
Além do reajuste do salário mínimo, as modificações em programas sociais, como o Bolsa Família, também pesaram nos cofres públicos.
No começo deste ano, o ministério da cidadania anunciou um aumento nos valores dos benefícios básicos do programa que passarão a ser de R$ 100 e R$ 200, além disso irá criar outros pagamentos extras, como o 13º salário e demais auxílios para jovens e adolescentes.