Nessa terça-feira (14), o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, informou que contratará cerca de 7 mil militares reservistas para atuar na ação força-tarefa do INSS. Segundo ele, a categoria ficará responsável pelos atendimentos nas unidades físicas do instituto, permitindo que os servidores atuem na análise dos benefícios.
A decisão faz parte do projeto de intervenção do governo federal para controlar as filas de atrasados do INSS que já acumulam mais de 2 milhões de pedidos.
A situação está se agravando desde dezembro do ano passado, após a aprovação da reforma da previdência.
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Entre os principais motivos do entrave no sistema do INSS, está o fato de que seu portal ainda não está atualizado com as novas regras pós reforma da Previdência.
Além disso, há um atraso, por parte da DataPrev na liberação do relatório que fornece os dados de cadastro dos segurados.
Ação militar no INSS
Os reservistas deverão começar a trabalhar a partir do mês de abril e ainda não foi informado até quando seus contratos irão durar. Segundo Marinho, será publicado um decreto, nas próximas semanas, formalizando a contratação da categoria.
O secretário afirmou também que sua equipe está estudando medidas de desburocratização do atendimento do INSS, como o fim da obrigação em autenticar documentos e atualizar certidões ao longo da tramitação.
Por fim, o projeto deseja também restringir a cessão de servidores do INSS a outros órgãos, e instalar uma força-tarefa para a perícia dos 1.514 servidores que estão afastados do instituto.
“A ideia é que esses militares possam ingressar no atendimento, nos postos de atendimento, para permitir que os profissionais, que os funcionários do INSS nos ajudem na análise dos documentos, dos processos, e agilizem essa análise”, explicou Marinho.
Prazo para regularização das filas
Marinho relembrou que mesmo mediante a ação de contenção, será impossível por fim as filas de espera do INSS. Segundo ele, por mês o instituto recebe cerca de 1 milhão de pedidos, o que impossibilita zerar essa conta.
O secretário explicou que o projeto prevê ao menos manter a quantidade citada mensalmente, conforme já atuava.
“O que a gente está dizendo é que pretende que todo mês, até setembro, outubro, a gente tenha aí esse número de requerimentos da mesma quantidade que temos capacidade de processar. É isso que a gente quer”, explicou.