A crise do Instituto Nacional do Seguro Social vem sendo motivo de preocupação no governo federal. Após anunciar uma ação de força-tarefa no INSS para reduzir o número de espera nas filas, estão sendo elaboradas ações para agradar os servidores do instituto de modo que estes contribuam durante o período de atrasos e instabilidade.
Atualmente, cerca de 1,3 milhões de pedidos de benefício estão esperando para serem aprovados.
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Entre os principais motivos do atraso, está a aprovação da reforma da previdência. Homologada no dia 13 de novembro de 2019, as novas regras não foram aplicadas ao sistema digital do INSS, acumulando os cadastros.
Conforme a lei, o prazo máximo para a obtenção de um auxílio é de até 45 dias, entretanto há brasileiros esperando por mais de 120 dias, aumentando o número de processos judiciais e consequentemente as despesas do instituto.
Segundo Márcia Elisa de Souza, diretora de Benefícios do INSS, com a criação de medidas na força tarefa do INSS os pedidos voltarão a retomar seus ritmos de andamento normais.
Márcia afirma que faz parte do processo o serviço prestado de forma manual. Com a análise até mesmo fora da jornada de trabalho dos funcionários, o que leva ao pagamento de bonificação e gratificações. São priorizados os pedidos que aguardam há mais de 45 dias por resposta.
Apesar do número de solicitações em suspensão, Márcia relembrou que desse total 500 mil estão aguardando documentação adicional, necessária quando não é possível concluir o requerimento no ato da análise. A
lém disso, ela explica que esse entrave no sistema, pós aprovação da reforma, é normal e esperado pelo INSS.
“Assim que sai uma nova regra, é necessário adequar os sistemas, é uma coisa normal. Acontece que a gente já tem, dentro das novas regras, mais de 70% da demanda sendo atendida”.
Ações de contenção na força tarefa do INSS
Uma das medidas propostas pelo governo foi a contratação de uma terceirizada para ajudar na atualização dos processos. Além disso, também está sendo estudada uma possibilidade de gratificações para os funcionários que fizerem serviço extra.
A ideia é que a terceirizada fique responsável pela atualização dos dados da DataPrev, gerando a planilha de cadastro dos segurados. Já os servidores do instituto atuarão na aprovação e análise dos benefícios.