SALESóPOLIS, SP — O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou uma medida jurídica inovadora que garante auxílio financeiro exclusivo para mulheres vulneráveis, especialmente aquelas que são vítimas de violência doméstica e familiar.

(Foto: I.A/Sora)
A decisão do STF em criar um auxílio financeiro foi unânime e representa um avanço significativo na proteção social e na promoção da igualdade de gênero no Brasil.
O que mudou com a decisão do STF
O STF interpretou a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) de forma ampliada, determinando que mulheres vítimas de violência que precisarem se afastar do trabalho por medida protetiva judicial tenham direito à manutenção de sua renda por até seis meses.
Essa medida é válida para todas as mulheres em situação de vulnerabilidade que enfrentam risco físico, psicológico ou econômico.
Quem tem direito ao benefício
A nova regra vale para:
- Mulheres seguradas pelo INSS — incluindo trabalhadoras com carteira assinada, autônomas, MEIs e contribuintes individuais;
- Mulheres sem vínculo com o INSS — em situação de trabalho informal ou vulnerabilidade econômica severa.
Como funciona o pagamento do auxílio
A decisão define como será feita a manutenção da renda:
-
👩💼 Empregadas formais:
-
Os primeiros 15 dias de afastamento são pagos pelo empregador;
-
A partir do 16º dia, o INSS assume o pagamento pelo restante dos seis meses.
-
-
👩🔧 Autônomas, MEIs e outras seguradas do INSS:
-
O benefício é pago diretamente pelo instituto, respeitando o período máximo de seis meses.
-
-
🤝 Mulheres sem contribuição ao INSS:
-
A proteção financeira será fornecida pelo Estado, em caráter assistencial, garantindo suporte às mulheres mais vulneráveis.
-
Como solicitar o auxílio
O benefício não é solicitado diretamente ao INSS. Em vez disso, o juiz responsável pela medida protetiva na Justiça Estadual faz a determinação do afastamento do trabalho e consequentemente da renda, com base nos critérios legais.
Por que essa decisão é importante
Essa medida representa um marco no combate à violência de gênero no Brasil e ajuda a enfrentar uma das barreiras mais difíceis enfrentadas por vítimas: a dependência econômica.
Ao garantir renda temporária, o STF fortalece a capacidade da mulher de romper com o ciclo de violência, buscar apoio e reconstruir sua vida com mais segurança e autonomia.

