
VITóRIA DA CONQUISTA, BA — O INSS acelerou o processo de devolução dos descontos indevidos e anunciou um novo avanço significativo. Apenas nos últimos 15 dias úteis, o órgão realizou mais 270 mil ressarcimentos, ampliando o total para mais de 4 milhões de beneficiários já reembolsados.
De acordo com o balanço divulgado nesta segunda-feira (08/12), o montante devolvido ultrapassa R$ 2,74 bilhões, valor que corresponde a cobranças feitas sem autorização desde 2019.
O que o INSS está devolvendo?
O instituto identificou descontos associativos cobrados de forma irregular, sem autorização dos segurados. Para corrigir o problema, o governo:
- iniciou a devolução dos valores;
- interrompeu os mecanismos do golpe, que atuava havia quase seis anos;
- bloqueou judicialmente contas e bens de suspeitos.
Com isso, o INSS conseguiu acelerar o ressarcimento e ampliar a proteção dos beneficiários.
Números atualizados mostram a dimensão dos descontos indevidos
O balanço revela que 6,18 milhões de pessoas denunciaram descontos irregulares, um volume muito acima do previsto inicialmente. Veja os principais dados divulgados:
Acessos ao Meu INSS
- Total de acessos: 1.539.321.710
- Acessos à consulta: 71.567.168
- Usuários sem descontos: 37.863.002
Pedidos registrados
- Pedidos abertos: 6.315.465
- Não reconheceram o desconto: 6.184.732
Canais de registro:
- Meu INSS: 54,2%
- Central 135: 6,6%
- Correios: 35,3%
Pagamentos realizados
- Ressarcimentos efetuados: 4.028.031
- Valor total devolvido: R$ 2.747.143.477,26
Esses números mostram que pouco mais de 65% dos prejudicados já receberam o valor de volta.
O que o segurado deve fazer para receber os descontos indevidos?
Quem ainda não recebeu deve:
- Acessar o Meu INSS e verificar a área de “Consulta”;
- Conferir se há registro de desconto indevido;
- Abrir um pedido caso ainda não tenha contestado o valor.
O processo é totalmente digital e facilita a recuperação do dinheiro.
Por que isso aconteceu?
De acordo com o INSS, o esquema de descontos começou em 2019, envolvendo associações que realizaram cobranças sem autorização dos beneficiários. O governo atual interrompeu a operação, iniciando a devolução dos valores e adotando medidas judiciais para impedir novas fraudes.

