Novo salário mínimo: Quando começa, quem vai receber e quais os impactos

SALESóPOLIS, SP — O governo federal anunciou que, a partir de janeiro de 2026, o salário mínimo no Brasil será reajustado para R$ 1.631,00. Esse aumento representa um reajuste nominal de 7,44% em relação ao valor atual de R$ 1.518,00, conforme previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional em agosto de 2025.

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Novo salário mínimo: Quando começa, quem vai receber e quais os impactos
(Foto: Montagem/FDR)

Quando começa o novo salário mínimo?

O novo valor do salário mínimo entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2026, conforme estabelecido pela proposta orçamentária do governo.

No entanto, para que essa alteração seja oficializada, o Congresso Nacional precisa aprovar o PLOA, o que é esperado para ocorrer até o final de 2025.

Quem vai receber o novo salário mínimo?

O novo valor do salário mínimo beneficiará diretamente os trabalhadores formais que recebem o piso nacional e os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que têm seus benefícios atrelados ao salário mínimo. 

Estima-se que cerca de 28 milhões de aposentados e pensionistas recebam exatamente um salário mínimo, e outros 12 milhões que recebem acima do mínimo terão seus valores corrigidos com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Quais os impactos desse reajuste?

1. Aumento do poder de compra

O reajuste do salário mínimo visa compensar a inflação acumulada e proporcionar um ganho real de 2,5%, conforme a política fiscal vigente.

Com isso, espera-se que os trabalhadores e beneficiários do INSS tenham um aumento no poder de compra, o que pode contribuir para a melhoria das condições de vida, especialmente para os idosos que dependem exclusivamente dessa fonte de renda.

2. Impacto nos benefícios previdenciários

Como muitos benefícios do INSS são calculados com base no salário mínimo, o reajuste afetará diretamente aposentadorias, pensões e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Além disso, o aumento do salário mínimo pode influenciar a margem consignável, ou seja, o valor máximo que pode ser comprometido com parcelas de empréstimos consignados.

Com o novo valor de R$ 1.631,00, a margem para empréstimos consignados aumentará, possibilitando maior acesso ao crédito para os beneficiários.

3. Reflexos na economia

O aumento do salário mínimo também tem repercussões na economia como um todo. Com mais recursos disponíveis, há uma tendência de aumento no consumo, o que pode impulsionar a demanda por bens e serviços.

Por outro lado, esse aumento representa um custo adicional para o governo, já que impacta nas despesas com benefícios previdenciários e sociais. Estima-se que cada aumento de R$ 1 no salário mínimo gere um impacto anual de R$ 429,3 milhões nas despesas públicas.

4. Expectativas futuras

O governo federal projeta aumentos graduais para os anos seguintes. Para 2027, o salário mínimo deve ser de R$ 1.725,00; em 2028, R$ 1.823,00; e em 2029, R$ 1.908,00.

Essas projeções visam garantir a valorização contínua do poder de compra da população e o cumprimento das metas fiscais estabelecidas.

Conclusão

O reajuste do salário mínimo para R$ 1.631,00 a partir de janeiro de 2026 representa uma medida importante para a valorização do trabalhador brasileiro e a melhoria das condições de vida de milhões de pessoas.

Embora ainda dependa da aprovação do Congresso Nacional, a proposta reflete o compromisso do governo em promover o crescimento econômico sustentável e a justiça social.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com