Com o possível retorno do Horário de Verão em 2025, diversas áreas da economia e do setor público estão se preparando para ajustes operacionais.
A medida, que adianta o relógio em uma hora durante o período mais quente do ano, tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica no horário de pico.
Porém, seus efeitos se estendem a bancos, escolas, transportes e até à rotina digital.
Segundo especialistas do Operador Nacional do Sistema (ONS), o adiantamento de uma hora pode deslocar o pico de demanda elétrica.
Além disso, poderia e aliviar o sistema interligado, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde há maior uso de ar-condicionado.
Bancos e instituições financeiras
O setor bancário é um dos primeiros a adaptar seus horários.
Historicamente, quando o horário de verão estava em vigor, as agências bancárias ajustavam o expediente. Assim, se adequavam de acordo com a diferença entre estados participantes e não participantes.
- Bancos nas regiões com horário adiantado costumam abrir das 10h às 16h (hora local).
- Operações interbancárias (como TED e DOC) seguem o horário de Brasília, exigindo atenção dos clientes em estados do Norte e Nordeste.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já estuda um plano de adaptação automático, caso a medida volte em novembro de 2025.
Transportes, energia e serviços digitais
Empresas de transporte público e aéreo também precisam sincronizar horários para evitar atrasos.
Voos, ônibus interestaduais e metrôs atualizam seus sistemas automaticamente. Então, podem ocorrer diferenças temporárias nos aplicativos de passagens e rastreio nos primeiros dias da mudança.
No setor energético, a alteração afeta o padrão de consumo residencial e comercial, com deslocamento do pico de demanda para mais tarde.
Isso pode contribuir para evitar sobrecargas como a registrada durante o apagão nacional de outubro de 2025.
Serviços digitais, como bancos online, sistemas de pagamento e portais governamentais, passam por ajustes automáticos nos servidores.
Ainda assim, recomenda-se verificar horários de agendamento e transferências nos dias iniciais da mudança.
Escolas, comércio e rotina social
Nas escolas, o principal impacto está na adaptação de horários matinais, sobretudo, em estados com amanhecer mais tardio.
Já o comércio tende a se beneficiar do prolongamento da luminosidade natural, aumentando o fluxo de clientes em horários de fim de tarde.
Eventos, academias, restaurantes e serviços de lazer geralmente aproveitam o período estendido de claridade. Assim, ampliam o funcionamento e movimentam a economia local.
O que esperar da decisão oficial
O governo federal ainda avalia a viabilidade técnica do Horário de Verão 2025, com base em estudos do ONS e do Ministério de Minas e Energia.
Se confirmada, a medida deve começar em novembro de 2025 e seguir até fevereiro de 2026, atingindo principalmente os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Independentemente da decisão, especialistas afirmam que os setores públicos e privados já estão preparados para uma possível retomada.