Você vai ver:
- Governo reavalia retorno do horário de verão após aumento do consumo de energia.
- Medida pode reduzir o pico de demanda em até 2 GW e aliviar o sistema elétrico.
- Adiantar o relógio em uma hora afetaria sono, rotina e economia do país.
- Especialistas apontam ganhos para comércio e lazer, mas alertam sobre adaptação biológica.
- Impacto na conta de luz deve ser indireto, sem redução garantida nas faturas.
A possível volta do horário de verão em 2025 voltou ao centro das discussões do governo federal.
Embora a medida ainda não esteja confirmada, estudos do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que o tema ganha força conforme a demanda de energia aumenta no país.
Por que o horário de verão está em debate novamente?
Desde que foi suspenso em 2019, o país passou por mudanças no padrão de consumo.
Agora, com o calor constante e o uso crescente de ar-condicionado, o sistema elétrico enfrenta maior pressão. Assim, o governo busca alternativas.
Entre os principais pontos avaliados estão:
- Redução do pico de consumo: a troca de horário pode diminuir a carga máxima em até 2 GW.
- Menor dependência de termelétricas: usinas mais caras e poluentes seriam acionadas com menor frequência.
- Aproveitamento da luz natural: os dias mais longos ajudam a economizar energia em residências e comércios.
- Equilíbrio no sistema elétrico: evita sobrecargas e oscilações em horários críticos.
Entretanto, técnicos alertam que a economia pode ser menor do que no passado. Isso porque, os maiores picos de energia ocorrem hoje no meio da tarde, e não mais no início da noite.
O que muda na sua rotina com o horário de verão?
Se o governo confirmar a medida, os relógios deverão ser adiantados em uma hora entre outubro e março. A mudança, porém, afeta as pessoas de formas diferentes.
- Manhãs mais escuras: o sol nascerá mais tarde, o que pode causar cansaço nos primeiros dias.
- Noites mais longas: haverá mais tempo de luz para lazer, esportes e compras.
- Adaptação do corpo: o organismo leva de dois a cinco dias para ajustar o ciclo do sono.
- Benefícios econômicos: o comércio, o turismo e o setor de serviços tendem a se beneficiar com mais movimento no fim do dia.
Além disso, o impacto psicológico pode ser duplo. Equanto muitos se sentem mais dispostos, outros enfrentam insônia e irritabilidade durante a transição.
E quanto à conta de luz?
- Economia no sistema, não no bolso: o horário de verão reduz a sobrecarga, mas nem sempre gera queda direta na fatura.
- Custos operacionais menores: as distribuidoras usam menos energia térmica, o que estabiliza o sistema.
- Efeitos indiretos: hábitos de consumo e condições climáticas continuam sendo os maiores influenciadores da conta.
Ainda assim, o governo avalia que o retorno pode trazer benefícios simbólicos e práticos. Sobretudo em um momento de crescimento do consumo nacional.