Sonho americano: Por que trabalhar nos EUA se tornou um perigo

SALESóPOLIS, SP — Trabalhar nos Estados Unidos, uma vez sinônimo de oportunidades e prosperidade, agora está cercado de novos desafios e riscos. Segundo uma recente pesquisa do Censo analisados pelo Pew Research Center, 1,2 milhão de imigrantes abandonaram seu emprego

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Sonho americano: Por que trabalhar nos EUA se tornou um perigo
(Foto: I.A/Sora)

As recentes mudanças políticas e econômicas nos Estados Unidos, impostas principalmente pelo presidente Donald Trump, trouxeram novos desafios aos trabalhadores.

Cortes nos benefícios sociais e maior rigor na fiscalização imigratória tornaram o ambiente mais hostil. Esse cenário gera preocupações quanto ao verdadeiro valor do “sonho americano”, especialmente diante de salários que não crescem e condições de trabalho desfavoráveis.

Políticas de Trump e seus efeitos nos trabalhadores

Novas políticas restringem a imigração e alteram regras de contratação, impactando o mercado de trabalho. Essa dinâmica força muitos a abandonar suas posições ou repensar sua busca por emprego nos Estados Unidos.

O medo da incerteza prevalece, refletindo-se na diminuição significativa de imigrantes na força de trabalho.

De acordo com a pesquisadora sênior Stephanie Kramer, do Pew, os imigrantes representam 45% dos trabalhadores na agricultura, pesca e silvicultura, cerca de 30% na construção civil e 24% no setor de serviços.

“Não está claro quanto dessa queda desde janeiro se deve a saídas voluntárias em busca de novas oportunidades ou à tentativa de evitar deportações, remoções, subnotificação ou outros problemas técnicos”, afirmou Kramer, segundo o g1. 

Trump defende o corte de imigrantes no país

O debate sobre restrições imigratórias e a estabilidade econômica continua, tornando a busca por emprego nos EUA uma decisão complexa para muitos. 

Em resposta à escassez de trabalhadores, o governo Trump anunciou planos para recrutar 10 mil novos agentes da ICE e 3 mil da Patrulha de Fronteira até o final de 2025.

Críticos alertam que essa expansão pode aumentar abusos e violações de direitos humanos, especialmente devido à aceleração nos processos de recrutamento e treinamento.

As políticas de imigração têm gerado protestos em várias cidades dos EUA, com manifestações em Los Angeles, Nova York e Chicago.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com