As ações da Azul (AZUL4) registraram alta expressiva de 11,76% nesta segunda-feira (1º), negociadas a R$ 0,76 por volta das 11h22 (horário de Brasília).
O movimento ocorreu logo após a companhia divulgar resultados mensais de julho. Neles, foi possível ver uma forte geração de caixa e margens acima do esperado.
Os dados foram apresentados ao tribunal dos Estados Unidos, dentro do processo de recuperação judicial (Chapter 11).
Por que as ações da Azul subiram hoje?
O otimismo dos investidores foi sustentado por três fatores principais:
- Ebitda robusto: a Azul reportou R$ 709 milhões de Ebitda ajustado, com margem de 35,2%.
- Liquidez elevada: o caixa encerrou julho em R$ 2,32 bilhões, enquanto as contas a receber somaram R$ 1,923 bilhão.
- Transparência com credores: o relatório mensal (MOR) atende exigências do tribunal americano, reforçando credibilidade e clareza no processo de reestruturação.
Além disso, o financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão aprovado em julho garante fôlego para as operações. A companhia, inclusive, projeta encerrar o Chapter 11 entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026.
Números de julho em destaque
Indicador | Resultado |
---|---|
Ebitda ajustado | R$ 709 milhões |
Margem Ebitda | 35,2% |
Receita líquida | R$ 2 bilhões |
Resultado operacional | R$ 467,9 milhões (23,2%) |
Caixa | R$ 2,32 bilhões |
Contas a receber | R$ 1,923 bilhão |
Fonte: InfoMoney
O que observar daqui para frente?
Os próximos meses, sem dúvida, serão decisivos para a Azul. O mercado acompanhará de perto:
- Novos relatórios mensais (MOR) do Chapter 11.
- Execução do plano de reestruturação e uso dos recursos do DIP.
- Cronograma da saída do Chapter 11, prevista para o início de 2026.
Enquanto isso, a reação positiva do mercado indica confiança na capacidade da companhia de atravessar a fase crítica e retomar competitividade no setor aéreo.