Alimentos ficarão mais baratos, mas empregos vão cair com tarifaço de Trump

SALESóPOLIS, SP — A economia do Brasil enfrenta novos desafios devido ao tarifaço imposto por Donald Trump. Apesar do alívio temporário nos preços dos alimentos, novas preocupações vêm à tona: a possível redução no número de empregos.

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Alimentos ficarão mais baratos, mas empregos vão cair com tarifaço de Trump
(Foto: I.A)

A política tarifária, em que os produtos de exportação brasileira receberam uma taxa de 50%, estimula o Brasil a diversificar seus parceiros comerciais.

Esta busca pode, surpreendentemente, resultar em preços mais acessíveis para os consumidores brasileiros.

Por que os preços dos alimentos vão cair?

A diminuição nos preços ocorre devido à readequação do comércio. As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos pressionam o Brasil a buscar parceiros mais competitivos.

Isso potencialmente aumenta a oferta de alimentos, favorecendo o mercado interno. É como se o volume de alimentos estivesse maior no país porque não tem para onde vender, por isso o preço reduz. 

E o que acontecerá com os empregos?

Embora os consumidores possam ficar satisfeitos com a queda nos preços, o impacto no emprego é uma preocupação crescente. Para permanecerem competitivas, empresas podem ter que cortar custos, o que frequentemente implica em demissões.

Estudos indicam que as tarifas podem resultar em uma redução de até 594 mil empregos no país até o final de 2025. Além disso, a taxa de desemprego pode aumentar em 0,4 ponto percentual.

O impacto é mais acentuado em setores como manufatura, agricultura e construção civil, que enfrentam aumento nos custos de produção e queda na competitividade

mercado de trabalho brasileiro precisa se adaptar rapidamente às novas exigências comerciais.

Quais outros impactos o tarifaço pode causar?

  • Agronegócio sob pressão: Sectores chave do agronegócio brasileiro poderão enfrentar desafios com as novas tarifas, pressionando eficiências.
  • Novas parcerias comerciais: Ao buscar novos acordos comerciais, o Brasil espera diversificar suas relações econômicas, mas essa transição pode levar tempo.

A resposta resiliente do Brasil às mudanças mostra sua capacidade de adaptação. Em tempos de incerteza, adaptação é vital. A queda nos preços dos alimentos é um efeito imediato, mas o equilíbrio entre oferta e emprego é crucial para uma economia sustentável a longo prazo. Planejamento estratégico e inovação serão essenciais para enfrentar esses desafios.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com