SãO PAULO (SP) — Responsável por fiscalizar os alimentos vendidos no Brasil, a Anvisa determinou nesta semana a proibição de venda de três marcas de café. A medida foi tomada depois que uma série de irregularidades foram encontradas nos chamados “café fake”.

Após uma investigação que envolveu a análise dos produtos, a Anvisa detectou que os cafés continham matéria-prima imprópria para consumo humano.
Além disso, a descrição dos produtos também foi elaborada de uma forma que induzia o consumidor ao erro, se tornando os chamados “cafés fakes”.
“Também foi verificada a contaminação no produto acabado, indicando falhas nas boas práticas de fabricação, no processo de seleção de matérias-primas, de produção e de controle de qualidade do produto acabado”, afirmou a agência ao detalhar a proibição.
Confira outro importante aviso emitido pela Anvisa para os consumidores neste vídeo do colaborador do FDR, Ariel França:
Veja as marcas afetadas pela decisão da Anvisa:
- A medida tomada pela agência restringe a venda dos cafés das seguintes marcas:
- Master Blends;
- Melissa, produzida pela D M Alimentos;
- Pingo Preto, produzido pela Jurerê Caffe Comércio de Alimentos.
Entenda a contaminação encontrada nos cafés fakes:
- Segundo o portal de notícias Terra, além da propaganda enganosa, as marcas foram punidas por conter ocratoxina A;
- O produto é uma toxicina que pode causar prejuízo aos rins;
- A análise dos produtos também revelou a presença de outras matérias estranhas e impurezas.
De acordo com a especialista do FDR, Laura Alvarenga, os consumidores devem sempre ficar atentos aos detalhes dos produtos.
Isso porque, em alguns casos, o café é vendido como “pó de preparo para bebida sabor café”, o que já indica a existência de uma propaganda enganosa do produto.
A “técnica” tem se replicado em diversos outros produtos, induzindo o consumidor ao erro no momento das compras. Dessa forma, realizar uma leitura atenta do rótulo é essencial.