Os aumentos nos planos de saúde coletivos por adesão começaram a valer neste mês de maio, e muitos consumidores já estão sentindo no bolso. Embora os reajustes ainda sejam elevados, as operadoras reduziram os percentuais em relação aos ciclos anteriores.
As mudanças nos valores, entretanto, são para contratos de adesão coletivos para PMEs (pequenas e médias empresas) e MEIs (microempreendedores individuais).
Este ciclo, que começa em maio, tem preços válidos até o seu fim, em abril de 2026. Contudo, levantamentos apontam que o aumenta ainda é menor do que o do ciclo anterior, demonstrando uma desaceleração.

Imagem: Geração/FDR
Reajustes variam conforme a operadora
Os planos coletivos, voltados principalmente para microempreendedores e pequenas empresas, sofreram aumentos médios entre 11,5% e 19,5%.
A Hapvida, por exemplo, reduziu seu índice de reajuste de 16% para 11,5%. Outras operadoras, como Notredame Intermédica e SulAmérica, aplicaram aumentos de 15,2%, enquanto a Bradesco Saúde ficou em 15,1%.
Já a Amil reajustou em 16% e a Unimed Nacional foi a única a subir seu índice, chegando a 19,5%.
Por que os aumentos foram menores?
A principal razão para essa leve desaceleração nos aumentos é a estabilização da sinistralidade – que mede a relação entre custos e receitas – após os anos mais críticos da pandemia.
Com menos internações e procedimentos de alto custo, os gastos das operadoras ficaram mais controlados, o que possibilitou reajustes mais “moderados”.
Como funciona o reajuste nesses planos?
Diferente dos planos individuais, os planos coletivos com até 29 vidas não têm seus reajustes regulados diretamente pela ANS.
Desse modo, as operadoras têm liberdade para definir os percentuais com base nos custos assistenciais e na carteira de clientes.
Desde 2022, porém, a resolução normativa nº 565/2022, exige o agrupamento desses contratos, uniformizando os reajustes.
ANS estuda mudanças nas regras
Para tentar reduzir o impacto dos aumentos nos planos de saúde no futuro, a ANS propôs ampliar esse agrupamento de risco para contratos com até 400 beneficiários.
A intenção é tornar os reajustes mais equilibrados, diluindo os custos entre mais pessoas. Também está em análise a redução da meta mínima de sinistralidade, de 75% para 72%, como critério para justificar os aumentos.
De todo modo, é importante acompanhar as novidades para saber como esse reajuste se converte para o beneficiário.