VITóRIA DA CONQUISTA, BA — Pesquisa descobriu que o consumo de ultraprocessados pode ser responsável por mortes prematuras e evitáveis. A análise foi realizada em oito países, incluindo o Brasil. O documento, que teve participação do Brasil, indica a revisão de diretrizes alimentares e políticas públicas. descubra quais são os alimentos nesta categoria.

(Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)
É hora de rever a sua alimentação para prolongar a vida com qualidade. Um estudo recente apontou que o consumo de ultraprocessados pode ser o responsável por mortes prematuras e evitáveis. Mais de 240 mil pessoas em oito países, incluindo o Brasil, participaram da análise.
Consumo de ultrapassados pode ser responsável por mortes prematuras e evitáveis
Os mais de 240 mil participantes tinham entre 30 e 69 anos quando o estudo foi realizado. O estudo trouxe um dado muito importante: cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados aumenta em 3% o risco de morte prematura.
“Descobrimos que para cada aumento de 10% no total de calorias provenientes de alimentos ultraprocessados, o risco de morrer prematuramente aumentou em quase 3%“, explicou Carlos Augusto Monteiro, coautor do estudo e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), segundo a CNN.
O professor foi o responsável por criar o termo ultraprocessado em 2009, quando desenvolveu o NOVA. O sistema classifica os alimentos em quatro grupos de acordo com o nível de processamento.
O consumo de ultraprocessados já foi associado a 23 doenças, entre elas:
- Doenças cardiovasculares,
- Obesidade,
- Diabetes,
- Alguns tipos de câncer,
- Depressão.
O estudo é diferente dos anteriores porque considerou o consumo dos alimentos e não apenas as doenças associadas a ele. O levantamento foi feito em oito países: Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, México, Reino Unido e Estados Unidos.
Só nos EUA, em 2015, foram registradas 124 mil mortes prematuras atribuídas ao consumo de ultraprocessados.
O que são alimentos ultraprocessados?
De acordo com o criado do termo, Carlos Augusto Monteiro, os ultraprocessados são fabricados a partir de ingredientes químicos baratos quimicamente modificados. Além disso, há aditivos sintéticos para deixá-los “comestíveis” e viciantes.
Por outro lado, esses alimentos são mais acessíveis, o que pode justificar também o alto consumo.
Laura Alvarenga, especialista do FDR, apresenta as ações do Governo para baratear os alimentos.