ARAGUARI, MG — Milhões de reais em dinheiro esquecido continuam à disposição de brasileiros em instituições financeiras, totalizando R$ 9,13 bilhões. A informação foi atualizada nesta terça-feira, 14, pelo Banco Central do Brasil (BCB), por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR).
O serviço permite que cidadãos, empresas e até herdeiros de pessoas falecidas verifiquem a existência de dinheiro esquecido em bancos. A ferramenta foi criada justamente para facilitar o acesso a valores que, muitas vezes, passam despercebidos. O SVR está disponível online e tem ajudado na recuperação de quantias esquecidas ao longo dos anos.
A recomendação é que todos façam a consulta regularmente para evitar deixar valores parados. O valor de dinheiro esquecido em bancos chegou a R$ 9,13 bilhões, conforme dados atualizados referentes ao mês de março. Os números revelam que há uma fortuna aguardando por donos que nem sempre sabem que têm algo a receber.
Desse montante de dinheiro esquecido, cerca de R$ 6,9 bilhões estão disponíveis para 42 milhões de pessoas físicas. Já outros R$ 2,1 bilhões pertencem a 4,3 milhões de empresas espalhadas pelo país. O Sistema de Valores a Receber segue disponível para consultas gratuitas, e o resgate pode ser feito de forma simples pela internet.
Qual é o prazo de resgate do dinheiro esquecido?
Quem tem dinheiro esquecido em bancos pode ficar tranquilo, pois não há mais prazo limite para solicitar o resgate. A medida garante mais flexibilidade aos cidadãos que ainda não acessaram seus valores. Inicialmente, o resgate teria um prazo até 16 de outubro de 2024.
No entanto, o Ministério da Fazenda optou por remover essa restrição e manter o serviço disponível por tempo indeterminado. A decisão busca facilitar o acesso aos recursos esquecidos, permitindo que mais pessoas recuperem valores que ainda estão parados em instituições financeiras.
Qual é a origem do dinheiro esquecido?
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Tarifas cobradas indevidamente;
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Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução;
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Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
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Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
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Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
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Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente;
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Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
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Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível.
Como sacar o dinheiro esquecido?
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Acesse o site do Sistema de Valores a Receber (SVR): A consulta ao dinheiro esquecido pode ser feita gratuitamente pela internet. Basta entrar no site oficial, informar seu CPF e data de nascimento, e clicar em “consultar”.
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Use sua conta gov.br para solicitar o resgate: Quem possui dinheiro esquecido precisa acessar o sistema com uma conta gov.br de nível prata ou ouro. Se o nível for inferior, é possível aumentar a segurança pelo site ou aplicativo do gov.br.
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Aceite os termos e confira os valores disponíveis: Após o login, leia e aceite o termo de responsabilidade. Em seguida, o sistema informará o valor a receber e qual instituição é responsável pela devolução.
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Escolha a forma de recebimento: Se estiver disponível a opção “Solicitar por aqui”, o valor será transferido via Pix em até 12 dias úteis. Anote o número de protocolo gerado após enviar os dados.
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Opte pelo contato direto com o banco, se necessário: Quem não possui chave Pix pode escolher “Solicitar via instituição”. Nesse caso, será preciso entrar em contato com o banco responsável, utilizando os canais de atendimento indicados no sistema.
Cuidado com golpes envolvendo o dinheiro esquecido
A consulta ao dinheiro esquecido só deve ser feita pelo site oficial: valoresareceber.bcb.gov.br. Qualquer outro link pode representar risco de golpe. Para acessar as informações, jamais confie em mensagens recebidas por e-mail, SMS ou aplicativos como WhatsApp e Telegram. O Banco Central não envia links nem faz contato direto.
Apenas a instituição indicada no sistema tem autorização para falar com o cidadão, e nunca pedirá senhas ou dados sigilosos. Todos os procedimentos são totalmente gratuitos. Se alguém pedir qualquer pagamento, trata-se de tentativa de fraude.
*Fique atento: o Banco Central não entra em contato para confirmar informações pessoais nem para liberar valores. A única fonte confiável é o site oficial.
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