Depois de mobilizações em todo o país, a taxa mínima dos entregadores do iFood passará por mudanças. A plataforma divulgou na última terça-feira (29/04) um pacote de ajustes como resposta às manifestações realizadas pelos trabalhadores no fim de março. O principal ponto é o aumento no valor mínimo pago por entrega, uma demanda antiga da categoria.
aplicativo será reajustada; veja o que muda. (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A alteração na taxa mínima dos entregadores varia de acordo com o meio de transporte utilizado. Os reajustes começam a valer a partir de 1º de junho e ocorrem em um momento de crescente pressão por parte dos trabalhadores, que também reivindicam melhorias em outros pontos do serviço.
O que muda na taxa mínima dos entregadores?
Para entregadores que utilizam bicicleta, o valor mínimo por entrega será reajustado para R$ 7. Já os que usam moto ou carro receberão, no mínimo, R$ 7,50 por pedido. Apesar do aumento, os valores ainda estão abaixo do que foi solicitado pela categoria, que pede uma taxa base de R$ 10 por entrega.
Além da questão financeira, o iFood também anunciou mudanças no seguro oferecido aos entregadores. A cobertura diária em casos de afastamento por motivo de saúde, que antes era de 7 dias, passará a valer por até 30 dias. Já a indenização por morte ou invalidez será de até R$ 120 mil.
A especialista Jamille Novaes, colaboradora do FDR, explica sobre decisão da justiça que esclarece que iFood não pode mais cobrar valor mínimo nos pedidos.
Outras reivindicações seguem em debate
Apesar dos avanços, parte das reivindicações dos entregadores ainda não foi atendida. Entre os pontos levantados pela categoria estão o aumento do valor pago por quilometragem rodada e o pagamento integral por cada entrega, sem descontos em casos de pedidos múltiplos.
Outro ponto discutido é a distância percorrida por ciclistas, que pedem limites menores nas rotas. A plataforma anunciou um padrão médio de 4 km, mas os entregadores argumentam que o ideal seria de no máximo 3 km.
Protestos impulsionaram mudanças
As atualizações nas condições de trabalho foram anunciadas após uma greve nacional que contou com a adesão de trabalhadores de diferentes aplicativos de entrega, incluindo iFood, 99 Entrega e Uber Flash. O movimento, realizado nos dias 31 de março e 1º de abril, teve como foco pressionar as plataformas por mais valorização e respeito aos direitos dos entregadores.
Ainda que nem todas as demandas tenham sido atendidas, os protestos marcaram um avanço nas negociações e abriram espaço para novas discussões entre os trabalhadores e as empresas de tecnologia.
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