ARAGUARI, MG — O fim do EAD 100% online em cursos de Engenharia foi confirmado pelo Ministério da Educação, que prepara um decreto para oficializar a decisão. A medida atende a pedidos do Confea/Crea, que há anos alertam para a necessidade de formação mais prática e presencial. A nova regra definirá limites específicos para a carga horária a distância nesses cursos. O objetivo é garantir maior qualidade e segurança na formação dos futuros engenheiros.

O anúncio sobre o fim do EAD 100% online nos cursos de Engenharia foi feito por Daniel Ximenes, diretor de Regulação da Educação Superior do MEC, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. A informação também foi confirmada por Vinícius Marchese, presidente do Confea, durante sessão plenária realizada em 25 de abril.
Segundo Marchese, o fim do EAD 100% online é resultado de um esforço conjunto entre entidades técnicas e educacionais. A Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) teve papel fundamental ao fornecer as bases técnicas que embasaram a decisão do MEC.
Segundo o presidente do CREA-SC, Engenheiro Kita Xavier, o fim do EAD 100% online valoriza o aprendizado prático e reforça a credibilidade dos cursos de Engenharia no Brasil. A medida também é vista como resultado do alinhamento entre os conselhos regionais e o Confea.
“A decisão do MEC vem ao encontro do que defendemos há anos. A formação na engenharia vai além das aulas teóricas. A prática, o contato com laboratórios, projetos e professores é insubstituível. Essa é uma vitória da Engenharia e mostra a importância do trabalho dos conselhos em defesa da sociedade e da qualidade do ensino”, afirmou Kita.
O que muda com o fim do EAD 100% online?
Com o fim do EAD 100% online, o Ministério da Educação estabelece novas diretrizes para os cursos de Engenharia no país. A decisão proíbe a oferta integralmente remota e impõe exigências de carga horária presencial obrigatória nas formações já autorizadas.
A medida determina que universidades e faculdades passem a adotar um percentual mínimo de aulas presenciais, a ser definido até 9 de maio. O fim do EAD 100% online também mantém suspensas novas autorizações para cursos nesse formato.