SãO PAULO (SP) — Responsável por fiscalizar os ambientes e as condições de trabalho em todo o país, o Ministério do Trabalho anunciou recentemente uma importante medida para o cuidado mental dos trabalhadores brasileiros. No entanto, a adoção das medidas na prática foi novamente adiada.

A nova regra prevê que os empregadores passem a ser responsáveis pelos cuidados com a saúde mental no ambiente de trabalho.
Dessa forma, o empregador poderia sofrer com algumas multas ou punições caso sejam constatadas questões como:
- Metas excessivas;
- Jornadas extensas;
- Ausência de suporte,
- Assédio moral;
- Conflitos interpessoais,
- Falta de autonomia no trabalho;
- Condições precárias de trabalho.
A medida foi tomada levando em consideração o aumento no número de casos de adoecimento mental entre os trabalhadores.
Isso porque as questões podem acabar gerando um afastamento pelo INSS, o que aumenta os gastos do Governo Federal.
No entanto, apesar do prejuízo inclusive para os cofres públicos, a implantação das novas regras foi adiada.
Entenda como funcionará a medida que beneficia os trabalhadores:
- O adiamento prevê a implantação das novas diretrizes em 2026;
- Dessa forma, os trabalhadores deverão aguardar até o período para poderem contar com as novas normas;
- O aumento do prazo teria sido realizado com o objetivo de proporcionar um maior tempo para adaptação das empresas;
- Isso porque, caso seja flagrada descumprindo as regras, a empresa poderá ser multada em até R$ 6 mil;
- No entanto, de acordo com o portal de notícias do G1, adiamento teria sido realizado por conta da pressão das empresas que temem a nova fiscalização.
“Durante esse primeiro ano, será um processo de implantação educativa, e a autuação pela Inspeção do Trabalho só terá início em 26 de maio de 2026”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, apesar da medida representar um avanço no cuidado com os trabalhadores, ainda será preciso aguardar para que os benefícios possam de fato ser observados.