SãO PAULO (SP) — Responsável por atender mais de 20 milhões de famílias em todo o país, o programa do Bolsa Família conta com regras específicas. Recentemente o Governo Federal detalhou os critérios para liberação do pagamento.
Com valor mensal mínimo de R$ 600, o benefício é disponibilizado para as famílias brasileiras que possuem baixa renda. Para fazer parte do programa social é necessário que a renda familiar seja de, no máximo, R$ 218 por pessoa.
No entanto, em alguns casos é possível ultrapassar essa renda e continuar recebendo o pagamento. Isso porque a regra de proteção permite a liberação do benefício para os cidadãos que conseguem vagas formais de emprego.
Dessa forma, mesmo que a renda seja aumentada, a família continuará a receber o pagamento mensal por até dois anos. No entanto, o valor do Bolsa Família será reduzido em 50%.
“É a economia dos mais pobres que está alavancando o crescimento no Brasil. São milhões de pessoas que antes não tinham dinheiro nem para comer, agora têm renda de trabalho, têm renda de empreendedor, ganham dinheirinho lá no salão de beleza, ganham dinheiro lá na produção rural, garantindo a condição do nosso país não só sair da pobreza, mas também ter crescimento econômico”, afirmou o ministro Wellington Dias em comunicado oficial do Governo Federal.
No entanto, caso o aumento de renda leve a família a ganhar mais do que meio salário mínimo por pessoa, existe a possibilidade de corte.
Dados do Bolsa Família são analisados constantemente:
- Atualmente o Governo Federal realiza uma análise constante das informações dos beneficiários;
- Para tal, o sistema do CadÚnico foi atualizado recentemente, o que permite a realização do cruzamento de dados com outros órgãos federais;
- O sistema está integrado com o do Ministério do Trabalho, por exemplo, onde são cadastrados os valores de remuneração mensal de cada trabalhador;
- Assim, caso a família ultrapasse a renda mensal familiar de meio salário mínimo por pessoa, ela corre o risco de ser cortada da regra de proteção do Bolsa Família.
Segundo a especialista do FDR, Laura Alvarenga, nesse caso o cidadão será comunicado de forma oficial.
Além disso, também é possível realizar a checagem do status no programa em uma unidade do CRAS do município.