ARAGUARI, MG — Um estudo recente da Serasa revelou que 57 milhões de brasileiros possuem nome sujo no Serasa sem saber. Esse número inclui 19 milhões de pessoas já negativadas, com o nome registrado no cadastro de inadimplentes.

Segundo a empresa, muitos desses indivíduos não têm ideia de que estão com nome sujo no Serasa. A falta de conscientização sobre o problema muitas vezes leva a descobertas tardias, dificultando a regularização da situação financeira.
Cerca de 22% do total de endividados, ou 12,5 milhões de brasileiros, são do Estado de São Paulo, onde 3,8 milhões possuem nome sujo no Serasa. A situação de inadimplência é desconhecida por muitos desses consumidores.
De acordo com Aline Maciel, especialista em Educação Financeira da Serasa, a falta de monitoramento do CPF/CNPJ é um dos principais fatores. Além disso, dados desatualizados e a falta de conhecimento financeiro contribuem para que muitos não percebam que estão negativados.
“Muitos consumidores e empreendedores só descobrem pendências financeiras ao tentar contratar um financiamento, fazer crediário ou acessar um serviço básico”, explica Aline em nota.
Como descobrir um nome sujo no Serasa?
Para quem está com nome sujo no Serasa, o primeiro passo é identificar as dívidas que causaram a negativação. Especialistas recomendam que o consumidor consulte seu CPF em portais de proteção ao crédito, como o SPC e o Serasa.
Uma segunda opção é a ferramenta Registrato, oferecida pelo Banco Central, que também permite verificar a situação do nome. Para utilizá-la, é necessário ter um login e senha no gov.br de nível prata ou ouro. Outra forma de verificar a situação do nome sujo no Serasa é por meio do site consumidor.gov.br, uma plataforma do governo federal. Para acessá-la, é necessário ter uma conta gov.br de nível prata ou ouro.
Ao contrário das demais ferramentas, no consumidor.gov.br é preciso informar o nome da empresa para buscar informações sobre a dívida. Também é possível realizar a consulta presencialmente, em qualquer agência dos Correios no Brasil, até o dia 31 de março.