Uma boa notícia para os brasileiros: o Conselho de Ministros da Camex, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, aprovou a mudança para reduzir a carga tributária sobre alimentos no Brasil nesta última quinta-feira (13/03). A partir desta sexta-feira (14/03), o imposto de importação sobre diversos produtos alimentícios será reduzido a zero.

Imagem: FDR
Segundo o G1, o anúncio foi feito pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. O governo já havia apresentado a ideia de zerar impostos.
A lista de produtos beneficiados pela medida inclui carnes, café (torrado e em grão), milho, azeite de oliva, entre outros.
A especialista do FDR, Yasmin Souza, comenta sobre a medida, confira.
Veja quais foram os alimentos com o imposto zerado pelo Governo
A lista divulgada pelo governo inclui os seguintes produtos:
-
Carnes
-
Café torrado e café em grão
-
Milho
-
Azeite de oliva
-
Óleo de girassol
-
Açúcar
-
Massas alimentícias
-
Bolachas e biscoitos
-
Sardinha (até 7,5 mil toneladas)
-
Óleo de palma (aumento da cota de importação de 60 mil para 150 mil toneladas)
Além disso, o vice-presidente também comentou a elevação das tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos EUA, considerando a decisão como equivocada, uma vez que o Brasil não representa um problema para o superávit comercial dos Estados Unidos.
Para o ministro, a resposta do Brasil deve ser baseada no diálogo e na busca por soluções mútuas, dentro de uma abordagem de “ganha-ganha”.
O que dizem os especialistas sobre a isenção dos impostos dos alimentos?
De acordo com Lucas Sigu Souza, da Ciano Investimentos, as medidas podem não ter efeito significativo sobre a inflação de alimentos, pois fatores como logística, custo da gasolina, energia elétrica e serviços são mais determinantes.
Já a XP Investimentos, acredita que a medida terá um impacto limitado na inflação alimentar e no poder de compra dos consumidores.
Para a Goldman Sachs, o Brasil é autossuficiente em muitos produtos que terão isenção de impostos, como milho e carne bovina, importando apenas 1% a 2% da demanda desses produtos. Por isso, uma leve queda é esperada nos preços do milho (1,3%) e da carne bovina (0,5%), mas sem grandes mudanças no curto prazo.