SãO PAULO (SP) — Um debate intenso realizado nos últimos dias sobre as possibilidades de mudança na escala de trabalho praticada pelos brasileiros tem chamado a atenção. Entre as mudanças propostas, o destaque fica por conta da possibilidade de proibição da escala de trabalho 6×1 que atualmente é praticada em alguns setores da economia. No entanto, a existência de outros formatos de escala tem aumentado as possibilidades.
A discussão atual diz respeito a jornada exaustiva que pode acabar sendo imposta para o trabalhador que realiza suas atividades por meio da escala 6×1. Isso porque o modelo prevê que o trabalhador realize sua atividade durante seis dias da semana. Para tal, ele conta com apenas um dia de descanso durante a semana.
Segundo a especialista do FDR, Lila Cunha, atualmente a avaliação é de que esse modelo de trabalho pode levar a exaustão do trabalhador. Por isso, um debate sobre outras possibilidades de jornadas de trabalho está sendo realizado especialmente nas redes sociais. Entre as propostas apresentadas, algumas trazem novas perspectivas com diferentes jornadas de trabalho.
Confira outras escalas de trabalho que existem atualmente:
- No Brasil, as principais escalas, além da 6×1, são as jornadas de 5×2, 12×36 e também a jornada 4×3;
- Na jornada 5×2, que é a mais comum em todo o país, o trabalhador consegue ter dois descansos semanais e trabalha de segunda a sexta-feira;
- Já na jornada 12×36, o trabalhador pode realizar suas atividades por até 12 horas seguidas;
- Nesse caso, ele passa a contar com o direito de realizar um descanso de 36 horas logo após a jornada de 12 horas;
- Tradicionalmente essa jornada é adotada por trabalhadores da saúde ou segurança;
- Além dessas, alguns trabalhadores exercem suas atividades na jornada 4×3 onde são disponibilizadas três folgas semanais;
- A perspectiva é de que esses modelos sejam analisados em breve e possam ser propostos em substituição a escala 6×1.
Neste vídeo o colaborador do FDR, Ariel França, traz outras informações sobre as mudanças da escala dos trabalhadores brasileiros. Confira:
