SALESóPOLIS, SP — O Banco Central realizou na última quinta-feira (27) um leilão onde foram vendidos R$ 3 bilhões. Esta já é a oitava vez que a instituição de maior autoridade monitária do país realiza uma ação parecida no mês de dezembro. Ao todo, já foram injetados no mercado US$ 30,76 bilhões.

(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
O leilão do Banco Central foi realizado com o intuito de conter o aumento do dólar, a moeda americana. Há pelo menos três semanas seguidas o dólar tem aumentado no país, alcançando patamares históricos e preocupando toda a cadeia financeira nacional e internacional.
O leilão aconteceu na última quinta-feira (26) e foi distribuído entre nove propostas. Desde que o dólar começou a subir em níveis nunca vistos antes, o Banco Central tem tomado essa iniciativa como forma de controlar esses aumentos.
E a medida trouxe efeitos, com a realização do leilão a moeda americana chegou a alcançar a mínima de R$ 6,1469, queda de 0,1%, pouco antes das 13h.
Como funciona o leilão do Banco Central?
Neste leilão realizado pelo Banco Central são vendidos dólares oriundos de reservas internacionais brasileiras, que são os ativos do país em moedas estrangeiras. No entanto, este tipo de operação não é usada com muita frequência pela autoridade monetária.
Nessa operação é feita a venda direta de dólar no mercado, com recursos oriundos das reservas internacionais brasileiras. A última vez que havia realizado interferências no mercado cambial foi em 2009, na crise financeira global, e depois na pandemia de Covid-19.
O uso deste mecanismo é mais raro, pois o Banco Central procura evitar a queima das reservas. Mas como citado, precisou recorrer a essa operação em 2009, na crise financeira global, e mais de dez anos depois na pandemia de Covid-19.