O futuro do programa Pé-de-Meia, uma das principais apostas do Governo Federal para incentivar a permanência dos estudantes na escola, está em jogo após uma denúncia do TCU (Tribunal de Contas da União), que questiona a legalidade da execução do programa.
De acordo com matéria da CNN, o TCU (Tribunal de Contas da União) recomendou o bloqueio dos recursos do programa Pé-de-Meia, uma das principais iniciativas do governo Lula. A decisão, tomada pela área técnica do tribunal, se baseia na constatação de que o programa está sendo executado de forma irregular, sem a devida previsão orçamentária.
O que está em jogo no Pé-de-Meia?
Os auditores do TCU identificaram que os pagamentos aos estudantes pelo Pé-de-Meia, provenientes de um fundo específico, não foram incluídos na Lei Orçamentária Anual (LOA). Essa prática, segundo o TCU, viola o princípio da universalidade orçamentária, que exige que todas as receitas e despesas públicas sejam explicitadas no orçamento.
A área técnica do TCU alerta para os riscos dessa prática, que pode comprometer a credibilidade do arcabouço fiscal brasileiro e afetar a confiança de investidores. Além disso, a falta de transparência na gestão dos recursos públicos pode levar à desvalorização da moeda e ao aumento da inflação.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o programa Pé-de-Meia e seus benefícios para os estudantes.
O que vai acontecer?
Apesar da recomendação de bloqueio, o programa Pé-de-Meia não deve ser paralisado imediatamente. O TCU solicitou ao Ministério da Educação (MEC) informações sobre o saldo do fundo e as necessidades de recursos para o próximo ano. Com base nos dados apresentados pelo MEC, o TCU estima que os recursos atuais do fundo seriam suficientes para manter o programa em funcionamento até o início de 2025.
No entanto, caso o relator do processo acate a recomendação da área técnica, os recursos do governo para o programa se esgotarão no início do próximo ano.
O Ministério da Educação ainda não se manifestou sobre a decisão do TCU.