Piso salarial pode chegar a R$ 2.028,84: descubra quem tem direito ao novo valor!

Cinco estados brasileiros possuem pisos regionais acima do salário mínimo nacional. Em um deles os trabalhadores devem ganhar um reajuste que pode fazer o piso salarial chegar a R$ 2.028,84. Confira quem pode sacar esse valor no final do mês.

Um estado brasileiro deve aumentar o piso salarial para R$ 2.028,84 ainda neste ano. O pagamento faz parte do piso regional, menor valor que um trabalhador pode receber em determinado estado. O reajuste corresponde a 10% em relação ao piso adotado atualmente do estado.

Os valores são definidos pelos governadores a partir do custo de vida e no nível de desenvolvimento da região, por exemplo.

Salário mínimo de R$ 2.028,84

Em fevereiro desse ano empregadores e trabalhadores de Santa Catarina definiram um reajuste salarial de 6%, resultando em um piso de R$ 1.844,40. Agora, os trabalhadores reivindicam um aumento de 10% no piso regional.

Segundo a CUT-SC, a proposta já foi entregue aos empregadores no dia 13 de novembro e agora será debatida juntamente com os trabalhadores ainda em dezembro.

As negociações são coordenadas pelo diretor sindical do Dieese/SC, que aponta para os diversos motivos pelos quais o reajuste salarial deveria acontecer.

“Temos várias razões, que vão desde o aumento do salário mínimo nacional, o pleno emprego no estado, o crescimento do PIB, a falta de mão-de-obra, a economia de Santa Catarina que está em franco crescimento”, explica.

A especialista Laura Alvarenga, colunista do FDR, comenta sobre o salário mínimo nacional, confira.

Faixas salariais

Em Santa Catarina a remuneração é definida segundo faixas salariais:

Primeira faixa

Atualmente o salário dessa faixa é de R$ 1.612,26, valor que pode subir para R$ 1.773,49, têm direito os trabalhadores do:

  • Setores da agricultura e pecuária,
  • Indústrias extrativas e beneficiamento,
  • Empresas de pesca e aquicultura, empregados domésticos,
  • Construção civil,
  • Indústrias de instrumentos musicais e brinquedos,
  • Estabelecimentos hípicos e empregados motociclistas,
  • Motoboys, e do transporte em geral (exceto motoristas).
Piso salarial pode chegar a R$ 2.028,84: descubra quem tem direito ao novo valor! (Imagem:  Jeane de Oliveira/ FDR)

Segunda faixa

Atualmente a remuneração tem o valor de R$ 1.670,56 e poderá aumentar para R$ 1.837,60, estão inseridos na faixa:

  • Indústrias do vestuário, calçados, fiação, tecelagem, artefatos de couro;
  • Papel, papelão, cortiça e mobiliário,
  • Trabalhadores das distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas (bancas),
  • Vendedores ambulantes de jornais e revistas,
  • Administração das empresas proprietárias de jornais e revistas e empresas de comunicações e telemarketing.

Terceira faixa

A remuneração dessa faixa pode passar de R$ 1.769,14 para R$ 1.946,05, valor pago aos trabalhadores dos seguintes setores:

  • Indústrias químicas e farmacêuticas,
  • Cinematográficas,
  • Alimentação,
  • Comércio em geral,
  • Empregados de agentes autônomos do comércio.

Quarta faixa

A quarta faixa é aquela com melhor remuneração, atualmente o salário base é de R$ 1.844,40 e poderá aumentar para R$ 2.028,84; estão inseridos nesta faixa os seguintes trabalhadores:

  •  Indústrias metalúrgicas, mecânicas, material elétrico, gráficas, de vidros, cristais, espelhos, joalheria e lapidação de pedras preciosas, cerâmica de louça e porcelana, artefatos de borracha;
  • Empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
  • Edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
  • Estabelecimentos de ensino, de cultura, de serviços de saúde e de processamento de dados, além de motoristas do transporte em geral.

Além do salário regional, o Brasil também adota os pisos por categoria, uma delas acaba de ganhar um piso salarial de R$ 2,5 mil, veja quem são esses profissionais.

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.