Foi descoberto pela Polícia Federal um plano que tinha como objetivo dar um golpe de Estado. Para o sucesso dessa operação a principal meta era assassinar o presidente da República, o vice-presidente, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
Começou na última terça-feira (19), a “Operação Contragolpe” realizada pela Polícia Federal. Estão sendo investigados membros de uma organização criminosa que tinham como plano aplicar um golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.
A ideia era assassinar o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). E o presidente do STF, Alexandre de Moraes.
Pela lei, se o presidente vem a falecer, quem ocupa o cargo é o vice-presidente. A morte de Alexandre de Moraes seria por vingança política, ao que tudo indica, já que se Alckmin falecesse quem ocuparia o cargo de chefe da União seria o presidente da Câmara dos Deputados.
O que já se sabe sobre a tentativa de golpe de Estado
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o documento com detalhes para execução de autoridades, foi elaborado pelo general do Exército da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), Mario Fernandes.
Junto com o general, outras quatro pessoas foram presas na terça-feira (19) durante a Operação Contragolpe. Na lista estão um policial federal e outros três tenentes-coroneis, todos pertencentes ao grupo “kids pretos”, nome dado a militares das Forças Especiais (FE).
Os principais pontos dessa minuta incluem:
- O presidente Lula e o vice-presidente Alckmin deveriam ser mortos;
- O presidente do STF, Alexandre de Morares, seria executado ou preso;
- O documento continha todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco;
- O plano era matar o presidente Lula usando envenenamento ou químicos. Não há detalhes sobre como seria a morte de Alckmin, apenas que isso aconteceria para “acabar com a chapa vencedora de 2022”;
- Para Alexandre de Moras o plano era que o assassinato ocorre por envenenamento, ou com o uso de artefato explosivo;
- No grupo, os criminosos utilizavam codinomes: eles eram chamados de Alemanha, Áustria, Brasil, Argentina, Japão e Gana;
- Ainda não se sabe de fato porque o plano não deu certo.