Novo empréstimo consignado do FGTS pode ficar disponível a partir de 2025

O fim do saque-aniversário está cada dia mais próximo, e a partir de 2025 as chances dessa modalidade deixar de existir são ainda maiores. Porém, um novo empréstmo consignado do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deve ser a solução. 

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Novo empréstimo consignado do FGTS pode ficar disponível a partir de 2025
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido o fim do saque-aniversário há algum tempo. Mas, muitos bancos e organizações que representam os trabalhadores dizem que essa opção beneficia os brasileiros ao oferecer uma fonte de renda em períodos de emergência. 

Pensando em não desagradar esse público, o poder público deve colocar em prática um empréstimo consignado usando recursos do FGTS. Segundo Julio Wiziack, da Folha de S. Paulo, esse novo crédito deve começar em janeiro de 2025 e ser chamado e-consignado. 

Novo empréstimo consignado do FGTS

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) é contra o fim do saque-aniversário porque justifica que essa modalidade oferece um tipo de crédito com juros muito mais baratos do que os convencionais. 

O trabalhador pode adiantar até 12 parcelas de saque-aniversário, isso significa receber de uma única vez o que teria acesso em 12 anos. Para isso, permite que o banco empreste o dinheiro simulando o quanto receberia nesse período, e bloqueie seu saldo como pagamento. 

Agora, com o fim dessa medida, o governo acredita que um novo empréstimo consignado seja mais vantajoso para os bancos.

As projeções inicias indicam que essa opção dará até R$ 300 bilhões em operações de crédito, mais que o dobro do movimentado pelos saques-aniversários até agora. 

Não foram oficializados os detalhes de como esse tipo de consignado vai funcionar. Mas a ideia, ainda em discussão, é de que o valor pago mensalmente de FGTS pelo empregador seja usado como pagamento do crédito contratado pelo funcionário. 

Por que o governo quer acabar com o saque-aniversário?

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pontua vários motivos pelos quais acredita que liberar o FGTS uma vez por ano ao trabalhador seja ruim. A criação de um projeto de lei que possa colocar fim a essa opção foi sugerida, porque:

  • O saldo disponível no Fundo de Garantia para investimento público em habitação (financiamentos), infraestrutura e outros, tem diminuído cerca de R$ 100 bilhões por ano;
  • Ao ser demitido sem justa causa o trabalhador perde o direito de receber a rescisão;
  • Em quatro anos, R$ 5 bilhões deixaram de ser sacados por mais de 9 milhões de pessoas que foram demitidas sem justa causa e perderam o acesso ao saque-rescisão;
  • Caso queira sacar a rescisão é necessário aguardar carência de dois anos. 

 

 

 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com