O Banco Central (BC) tem buscado aprimorar os serviços realizados pelo PIX. Hoje, este é o principal método de pagamento utilizado pelos brasileiros. A partir do próximo ano serão implementadas novidades, criando um novo tipo de transferências instantâneas.
A transferência via PIX foi criada pelo Banco Central em 2020, se tornando uma revolução dentro do mercado financeiro. Até então, quem quisesse fazer algum pagamento entre contas, ou seja, tirando dinheiro de uma conta para passar para outra, tinha que contar com meios mais demorados.
Havia disponível nos sistemas do banco, apenas:
- transferência direta de contas de um mesmo banco, sem cobrança de tarifa;
- TED (Transferência Eletrônica Disponível) que permite passar dinheiro entre contas de bancos diferentes, mas cobrando taxa em torno de R$ 15. O valor caí na conta no mesmo dia se a transferência for feita até às 17h;
- DOC (Documento de Ordem de Crédito) que permitia passar dinheiro entre contas de bancos diferentes, mas cobrando taxa em torno de R$ 15. A diferença com o TED é que o DOC liberava transferências de valores de até R$ 5 mil.
O DOC deixou de funcionar, devido a falta de adesão. O TED continua disponível e ainda é muito utilizado para quem faz transferências de grandes valores.
O grande diferencial do PIX é que ele permite que o dinheiro saia de uma conta e vá para outra conta em questão de segundos. A rapidez é amiga do consumidor, além disso o método pode ser usado em finais de semana, feriados e até mesmo para pagamentos durante a noite.
Novo método de pagamento por PIX a partir de 2025
Foi recentemente anunciado pelo Banco Central, uma nova função dentro do método de pagamento via PIX. Chamado de PIX automático, essa ferramenta está sendo desenvolvida pelo BC desde o final do ano passado, e inicialmente ficaria disponível em outubro desse ano.
A ideia é funcionar como uma espécie de débito automático. Neste caso, o consumidor inscreve no seu banco a dívida da empresa X e sinaliza quando deseja pagar, selecionando como método de pagamento o PIX.
A partir disso, na data marcada o banco se responsabiliza por fazer o pagamento. O objetivo é que esse método seja usado para pagar:
- concessionárias de serviço público (água, luz, telefone e gás);
- empresas do setor financeiro;
- escolas ou faculdades;
- academias;
- condomínios;
- planos de saúde;
- serviços de streaming;
- clubes por assinatura.
Dessa forma, o pagamento acontecerá sem a necessidade de mensalmente o usuário solicitar o código PIX com a instituição que deseja fazer o pagamento, inserir a chave, digitar a senha, e etc.
De acordo com o BC, esse modelo também vai a reduzir os custos das empresas, barateando os procedimentos de cobrança e diminuindo a inadimplência.
Quando será o lançamento do PIX Automático
Os planos do Banco Central eram de lançamento do PIX Automático em outubro deste ano, mas ele não se cumpriu. Agora, o novo prazo estipulado é para:
- 16 de Junho de 2025.
Santander vai antecipar a liberação do PIX Automático
O banco Santander informou que enquanto todos os bancos se preparam para oferecer o PIX Automático em junho de 2025, os seus clientes terão essa opção já a partir de novembro de 2024.
Como inicialmente a previsão do Banco Central era de fazer o lançamento em 28 de outubro deste ano, muitos bancos já haviam se programado para isso, como é o caso do Santander. O objetivo do banco ao antecipar essa liberação é conquistar os clientes pessoa jurídica.
“Nós vamos ter um ‘share’ (participação) importante nesse novo mercado. Eu não tenho a menor dúvida com relação a isso. Mas, sim, haverá concorrência entre os bancos“, afirmou o executivo do banco, segundo o g1.
Mudanças nas regras de segurança do PIX em 2024
Ainda nesse ano, a partir de 1º de novembro, começam as novas regras de segurança para o uso do PIX.
O que vai mudar para o cliente
- Limite de R$ 200 para a transferência de aparelhos novos sem cadastro com o banco;
- Valor total diário não pode exceder R$ 1.000.
Medidas de segurança que deverão ser adotadas pelos bancos
O Banco Central também apresentou mudanças a serem trazidas pelas instituições financeiras, incluindo:
- adotar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;
- disponibilizar – em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes – informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes;
- pelo menos uma vez a cada seis meses, os bancos devem verificar se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do Banco Central.