A polêmica sobre o horário de verão voltou à tona no Brasil, com o governo avaliando a possibilidade de reimplantar a medida para enfrentar a crise hídrica e o aumento do consumo de energia. A decisão, no entanto, gera debates na sociedade, especialmente entre os idosos, que sentem de forma mais intensa os impactos dessa mudança na rotina.
A principal justificativa para a volta do horário de verão é a economia de energia, especialmente nos períodos de maior consumo, como o fim da tarde. Ao adiantar os relógios em uma hora, a ideia é reduzir a demanda por energia elétrica, aliviando a pressão sobre o sistema elétrico e diminuindo a necessidade de acionar usinas termelétricas mais caras e poluentes.
No entanto, especialistas argumentam que a economia de energia proporcionada pelo horário de verão é pequena e não justifica os impactos negativos sobre a saúde e a rotina da população. Estudos apontam que a mudança nos horários pode afetar o sono, o desempenho profissional e a saúde mental, especialmente entre os idosos e as pessoas com doenças crônicas.
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o horário de verão, confira.
A visão dos idosos
Os idosos, em particular, têm se manifestado contra a volta do horário de verão. Eles argumentam que a mudança nos horários pode causar:
- Distúrbios do sono: a dificuldade em adaptar o sono aos novos horários pode levar a insônia, fadiga e irritabilidade;
- Aumento do risco de acidentes: a falta de sono e a desorientação podem aumentar o risco de quedas e outros acidentes, especialmente entre os idosos;
- Piora de doenças crônicas: doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos podem ser agravadas pela alteração nos ritmos circadianos;
- Dificuldade em realizar atividades do dia a dia: a mudança nos horários pode atrapalhar a realização de atividades como consultas médicas, compras e atividades sociais.
Impactos na saúde e na rotina
Além dos idosos, a mudança no horário de verão também pode afetar a saúde e a rotina de outras faixas da população, como crianças, adolescentes e trabalhadores noturnos. A adaptação aos novos horários pode levar algumas semanas, e nesse período, as pessoas podem sentir-se mais cansadas e irritadas.