Dinheiro ESQUECIDO: aprenda a consultar se tem valores a receber

Brasileiros ainda não sacaram mais de R$ 8 bilhões do dinheiro esquecido no Banco Central. Valores estão disponíveis para saque desde o ano passado. Contas estão em nome de pessoas físicas, jurídicas e até de falecidos. Veja agora como resgatar.

Dinheiro ESQUECIDO: aprenda a consultar se tem valores a receber
(Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)

O Banco Central informou que ainda há uma grande quantia disponível para saque no sistema de Valores a Receber. Ele reúne o dinheiro esquecido por pessoas físicas ou jurídicas em diversos bancos, consórcios e instituições financeiras que atuam no país.

Os valores estão disponíveis desde o ano de 2023, no último mês de agosto o BPC atualizou a população informando que ainda há mais de R$ 8 bilhões para serem sacados. A consulta e a solicitação podem ser feitas pela internet.

O BC alerta de essa quantia também diz respeito às pessoas falecidas e que seus herdeiros podem fazer o saque dos valores.

De onde vem esses valores a receber?

De acordo com o Banco Central, esses valores são provenientes de:

  • Contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente;
  • Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
  • Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

É sempre bom lembrar que esses valores são provenientes de diversos bancos e instituições financeiras. Portanto, se você em algum momento teve conta, fez consórcio ou outras operações em outros bancos, diferentes do que é cliente agora, pode ser que tenha algum valor a ser resgatado.

Valores a receber do Banco Central

Na última atualização foi informado que há R$ 8,51 milhões para serem resgatados no Banco Central. Esse montante está dividido da seguinte forma:

  • 61% dos beneficiários têm direito a saque de R$ 10;
  • Outros 25,06% podem sacar entre R$ 10,01 e R$ 100;
  • 10% têm direito a saques entre R$ 100,01 e R$ 1 mil;
  • Apenas 1,8% vão receber mais de R$ 1 mil.
Dinheiro ESQUECIDO: aprenda a consultar se tem valores a receber
(Imagem: Jeane de Oliveira/ FDR)

Consulta ao Sistema Valores a Receber

A consulta deve ser feita exclusivamente no site oficial do sistema, com uso do número do seu CPF.  Para isto é necessário ter conta Gov.br de nível ouro ou prata, nesta matéria eu te ensino como aumentar o nível da sua.

Após acessar o sistema é necessário aceitar o termo, e conferir as informações que são exibidas na tela, onde será apresentado se o cidadão tem ou não alguma quantia a ser resgatada.

Fez a consulta e o resultado foi positivo para saque? Então é hora de solicitar a retirada, existem duas opções de fazer o saque:

  • “Solicitar por aqui”: nesse caso a devolução é feita em até 12 dias via PIX, basta informar a sua chave.
  • “Solicitar via instituição”: nessa situação é necessário entrar em contato com o banco para solicitar o depósito.

Resgate de valores esquecidos por pessoas falecidas

Neste caso o resgate é um pouco diferente, mas a consulta deve ser feita seguindo os passos acima. Após a consulta o herdeiro ou inventariante precisará usar a sua própria conta Gov.br.

Em seguida uma tela vai apresentar duas opções, escolha “Valores para pessoas falecidas”. A consulta deve ser feita usando as informações, CPF e data de nascimento, da pessoa falecida.

Depois disso é importante aceitar o Termo de Responsabilidade, a partir dele que as informações serão exibidas. Então, a faixa de valor será informada. Após isso é necessário entrar em contato com a instituição financeira responsável pela quantia.

É neste momento em que o cidadão será informado dos documentos necessários para o recebimento do valor.

O app Caixa Tem também está liberando o saque de valores esquecidos, nesta matéria eu te explico melhor.

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.