Aposentados são impactados com decisão do STF sobre benefícios do INSS

Pelo menos 121 mil processos judiciais que tratam sobre a revisão de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) terão que aguardar mais tempo do que gostariam para ter uma resposta. O motivo tem haver uma recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Aposentados são impactados com decisão do STF sobre benefícios do INSS
(Foto: FDR)

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 121 mil processos que tratavam da revisão da vida toda no INSS foram “jogados no limbo” após a decisão do STF de suspender todos os prazos na Corte após julho, quando deu-se início ao recesso judicionário.

STF tornou revisão da vida toda inconstitucional

Mesmo tendo decidido em 2022 que a revisão da vida toda era legal, o STF mudou a decisão este ano ao declarar a constitucionalidade da Lei 9.876/99, que alterou o cálculo das aposentadorias e implementou o Fator Previdenciário. 

Por meio desta lei é entendido que o cálculo do salário do INSS deve considerar todas as contribuições feitas a partir de 1994. Logo, a revisão da vida toda que solicita incluir no cálculo justamente o que foi contribuído antes de 1994, perdeu seu efeito. 

No entanto, a medida impacto milhares de pessoas. Tanto quem havia dado início a um processo judicial solicitando o recálculo do seu benefício com base nas contribuições anteriores a julho de 1994, quando ainda se usava a moeda de cruzeiro. Como quem já tinha o processo julgado. 

Como ficam os processos na Justiça que solicitavam a revisão da vida toda?

Especialistas defendem que a partir de agora o STF deve definir como ficam os processos de revisão da vida toda que já foram apresentados na Justiça, inclusive aqueles que tiveram causa ganha. 

O interesse é de que aqueles que ganharam a sentença favorável possam, finalmente, receber os valores da revisão. E quem ainda precisava de análise da Justiça entenda que o seu processo será negado. 

Outra preocupação é justamente sobre o público que terá o processo negado, mas que continuará tendo que pagar pelos custos judiciais. 

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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