Até mesmo as pessoas que moram sozinhas têm direito de receber o Bolsa Família. Para elas, no entanto, o pagamento é mais difícil. Existem alguns critérios que precisam ser atendidos e um limite que deve ser respeitado em todas as cidades brasileiras.
De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), entre 2021 e 2022 houve um crescimento notável de famílias unipessoais no Bolsa Família. Com aprovação maior de novos grupos, principalmente próximo as eleições em outubro de 2022, o total de beneficiados surpreendeu.
O TCU alertou o governo federal sobre possíveis fraudes. O Tribunal entendeu que muitas pessoas estavam mentindo no seu Cadastro Único a fim de que membros da mesma família pudessem acumular o pagamento pelo programa social, o que é proibido.
Limite de famílias unipessoais no Bolsa Família
Diante do alerta de fraudes, o governo federal passou a ser mais rigoroso na aprovação de famílias unipessoais no Bolsa Família.
Além de um pente-fino que levou à exclusão, no ano passado, de 1,7 milhão de famílias unipessoais que recebiam o benefício de forma irregular, também foi imposto um limite para aprovação de novos grupos:
- Do total de participantes do Bolsa Família cada cidade brasileira pode ter até 16% de famílias unipessoais.
Ou seja, ficou mais difícil receber o benefício morando sozinho.
Quanto as famílias unipessoais recebem pelo Bolsa Família?
Outra mudança adotada em 2023 foi a inclusão de benefícios complementares. Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é justo que uma pessoa que mora sozinha receba o mesmo valor do Bolsa Família que uma mãe solteira com três filhos.
Por conta disso, desde março do ano passo os valores repassados passaram a ser de:
- R$ 600 para todos os grupos, inclusive famílias unipessoais.
Inclusão de bônus para:
- Crianças de 0 a 6 anos de idade – recebem R$ 150 cada uma;
- Crianças acima de 7 anos, jovens até 18 anos e gestantes – recebem R$ 50 cada um;
- Bebês de até 6 meses de idade – recebem R$ 50 cada um.