Responsável por comprometer boa parte da renda de algumas das famílias brasileiras, o plano de saúde deverá passar por alguns reajustes nos próximos meses. O aumento, que já foi aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estabeleceu um teto para o reajuste que é praticado de forma anual no Brasil.

82% dessa lista de brasileiros podem precisar pagar AUMENTO de 6,91% numa conta; entenda. (Imagem: FDR)

Neste ano, os planos de saúde individuais e familiares poderão ser reajustados em até 6,91%. O índice é considerado significativo e poderá comprometer boa parte da renda das famílias do país. Atualmente, o plano individual ou familiar representa apenas 18% dos usuários das saúde privada no país.

De acordo com o último balanço divulgado pela ANS, cerca de 51 milhões de brasileiros possuem plano de saúde e não costumam utilizar o SUS. Para os que possuem planos coletivos, cerca de 82% do total de clientes no país, o impacto do aumento deverá ser ainda maior.

Entenda como funciona o reajuste dos planos de saúde:

Os aumentos são definidos com base na variação de custos dos procedimentos e à frequência de utilização dos serviços;
Anualmente, um percentual é estipulado pela ANS que controla o aumento máximo que deverá ser praticado pelos planos;
No entanto, essa regulação atende apenas os clientes de planos individuais e familiares;
Para eles, além do teto do reajuste, a ANS também oferece proteção contra cancelamento unilateral pelas empresas;
De acordo com a especialista do FDR, Lila Cunha, para os demais consumidores, o reajuste não é regulado;
Ou seja, para 82% dos brasileiros que possuem plano de saúde o aumento pode ser definido de forma arbitrária para as empresas;
Em alguns casos, os aumentos podem chegar a casa dos 20%, afetando diretamente o consumidor;
Nos últimos anos, a média dos reajustes de planos coletivos ultrapassou os índices individuais;
Para contratos coletivos pequenos, que asseguram o plano para até 30 pessoas, esse aumento costuma ser ainda maior;
Como o percentual é definido pelas operadoras, a orientação é de que o consumidor entre em contato para saber de quanto deverá ser o aumento deste ano.

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