Os titulares do BPC (Benefício de Prestação Continuada) foram surpreendidos com o recente anúncio do governo sobre a necessidade de atualização cadastral e revisão dos benefícios. A medida, que tem o objetivo de garantir a correta destinação dos recursos e a inclusão apenas de quem realmente necessita, pegou muitos de surpresa e gerou diversas dúvidas entre os titulares.
A atualização cadastral e a revisão dos benefícios acontecerá pois o governo Lula quer entender o aumento expressivo dos gastos com o pagamento do BPC nos últimos meses.
O BPC paga um salário mínimo, R$ 1.412, para idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade com baixa renda.
A especialista Lila Cunha, colaboradora do FDR, comenta mais sobre o BPC, confira.
Gasto significativo
As despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com benefícios pagos no BPC atingiram R$ 9,2 bilhões em abril, marcando um aumento real de 18,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando a inflação. No acumulado de janeiro a abril, os gastos totalizaram R$ 35,5 bilhões, representando um crescimento real de 17,6%.
As iniciativas para administrar e melhorar a autorização de benefícios estão sendo coordenadas em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). Segundo Sérgio Firpo, responsável pela gestão do BPC, as duas frentes de trabalho envolvem a otimização dos processos de autorização e revisão dos benefícios, além da atualização dos cadastros para garantir a correta destinação dos recursos.
Avaliação
A equipe da ministra Simone Tebet, do Ministério do Planejamento, destaca a necessidade de cautela e precisão na avaliação dos beneficiários do BPC, já que o benefício é destinado a um público extremamente vulnerável, e qualquer erro no processo pode ter impactos significativos na vida financeira.
Para se qualificar para o BPC, além dos requisitos de pobreza, idade ou deficiência, a renda per capita da família do solicitante deve ser igual ou inferior a um quarto do salário mínimo. Esse critério visa garantir que o benefício seja destinado às pessoas que realmente necessitam de assistência.