Os trabalhadores que vivem em condição de baixa renda, com ganho de até R$ 2.640 por mês, podem não planejar a compra da casa própria. Incluir a parcela de um financiamento imobiliário dentro do seu orçamento parece difícil, mas já não é mais impossível. Isso porque, o governo lança uma modalidade de crédito para esse grupo.
A modalidade aprovada pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia, e proposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foi chamada de FGTS do Futuro. Por meio dela, os trabalhadores poderão usar os depósitos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na compra da sua casa própria.
Como vai funcionar o FGTS do Futuro na compra da casa própria?
A proposta de uso do FGTS do Futuro na compra da casa própria foi feita ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, mas não avançou. Agora, o atual governo deu continuidade e fez algumas alterações.
A ideia é que o sistema de financiamento imobiliário funcione assim:
- O trabalhador concorda em transferir para o banco todos os próximos depósitos feitos pelo empregador na conta do fundo de garantia;
- A quantia, que equivale a 8% do seu salário, vai ser abatida da parcela do financiamento;
- O banco vai calcular o valor do financiamento já com base nos depósitos no FGTS que serão debitados. Funcionará como uma forma de aumentar a renda do trabalhador na aprovação da compra;
- Até 120 meses, ou seja, as próximas 120 contribuição no fundo poderão ser debitadas pelo banco para o financiamento imobiliário.
Relembre como era a proposta do governo de Jair Bolsonaro, nesta matéria escrita por mim.
Quem vai conseguir usar o FGTS do Futuro para o financiamento?
Inicialmente, o governo vai limitar o uso do FGTS do Futuro na compra da casa própria. Isso significa que apenas poderão usufruir deste tipo de cálculo aqueles que atenderem aos seguintes critérios:
- Trabalharem com carteira assinada;
- Possuírem rendimento de no máximo R$ 2.640 por mês;
- Se enquadrarem na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida.
