O Ministério das Mulheres anunciou o lançamento do Programa Asas para o Futuro, numa iniciativa que visa proporcionar oportunidades de trabalho para jovens mulheres em setores-chave da economia, como tecnologia, energia e ciência. O objetivo é ampliar a participação feminina nessas áreas e promover a inclusão social.
De acordo com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, o programa será abrangente e terá parcerias com diversos órgãos do governo para garantir seu alcance em todo o país. A ministra ressaltou a importância de oferecer oportunidades para mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente as negras, indígenas e residentes em periferias.
A iniciativa, desenvolvida em conjunto com a Secretaria-Geral da Presidência da República e com o apoio da Caixa Econômica Federal, contará com um investimento de R$ 10 milhões. Estima-se que cerca de 20 mil jovens mulheres serão beneficiadas anualmente pelo programa.
Parcerias para mais empregos
Entre as ações previstas estão parcerias com órgãos como o Serpro para capacitar mulheres na área de Tecnologia da Informação, além de programas específicos no setor energético e de comércio exterior. O programa também inclui projetos-piloto em São Paulo, visando incentivar estudantes de escolas públicas a seguirem carreiras em ciência e tecnologia.
Além disso, foram estabelecidos quatro fóruns nacionais para dialogar com diferentes segmentos da sociedade civil, como mulheres quilombolas, do campo e das águas. A ministra enfatizou a importância desses espaços como uma forma de ouvir diretamente as demandas e necessidades das mulheres de diversas comunidades.
Representantes da sociedade civil também destacaram a necessidade de políticas públicas eficazes e de escuta ativa por parte do governo. Selma Dealdina, uma representante quilombola, enfatizou a importância de o governo cumprir seus compromissos e garantir que as políticas cheguem de fato às comunidades que mais precisam.
Por fim, o governo firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Pesca e Aquicultura para fortalecer organizações de mulheres pescadoras artesanais, visando promover a autonomia econômica e a igualdade de direitos para essas trabalhadoras.