Mudança no salário mínimo AUMENTA o número de contribuintes do Imposto de Renda

Todos os anos o salário mínimo do país aumenta, a lei prevê que esse reajuste aconteça como compensação aos brasileiros pela inflação. No entanto, sem qualquer reajuste na tabela do Imposto de Renda, a faixa de isenção se torna menos vantajosa e mais pessoas passam a contribuir para a Receita Federal. 

Mudança no salário mínimo AUMENTA o número de contribuintes do Imposto de Renda
Mudança no salário mínimo AUMENTA o número de contribuintes do Imposto de Renda (Imagem: FDR)

De acordo com a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), pessoas que ganham até dois salários mínimos voltam a pagar Imposto de Renda em 2024. Isso depois de terem ficados isentas da cobrança em 2023, quando houveram mudanças na tabela.

Aumento de salário e cobrança do Imposto de Renda

Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs que houvesse mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda. E assim aconteceu, o limite que até então era de R$ 1.903,98 passou a ser de R$ 2.112 com parcela bônus de isenção de R$ 528.

Com isso, quem ganhava até R$ 2.640, equivalente a dois salários mínimos de 2023, ficariam isentos do imposto. Em 2024, porém, o salário mínimo mudou e a partir disso novas pessoas começarão a pagar, ou voltarão a ser tributadas pelo imposto.

  • Em 2023: quem ganhava até dois salários mínimos da época (R$ 2.640) ficou isento;
  • Em 2024: quem ganhar até R$ 2.640 ficará isento, mais a soma de 2 salários mínimos é de R$ 2.824.

Ou seja, quem ganhar dois salários já não fica mais isento da cobrança. 

Quanto será preciso pagar de Imposto de Renda?

A Unafisco também divulgou quanto os trabalhadores que ganham até 2 salários vão pagar de Imposto de Renda em 2024. A cobrança será de:

  • R$ 13,80 de imposto todo mês;
  • R$ 169,59 de imposto por ano.

“Além do reajuste do salário mínimo, na virada do ano também deveria ter sido feita uma correção na tabela do IR — com, no mínimo, a inflação do ano anterior [de 4,62%]”, defende o presidente da Unafisco Nacional, Mauro Silva, ao g1.

Entre na comunidade do FDR e receba informações gratuitas no seu Whatsapp!

Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]