Trabalhadores que ganham 2 salários mínimos voltam a pagar imposto em 2024

A tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) foi alterada no último ano, passando a valer neste. No entanto, segundo a Unafisco, que representa auditores fiscais da Receita Federal, quem ganha de 2 salários mínimos para mais terá que lidar com a cobrança do imposto a partir de agora.

Trabalhadores que ganham 2 salários mínimos voltam a pagar imposto em 2024
Trabalhadores que ganham 2 salários mínimos voltam a pagar imposto em 2024 (Imagem: FDR)

A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que a faixa de isenção do Imposto de Renda chegue a R$ 5 mil. Por hora, a alteração aconteceu na primeira faixa que passa a isentar quem ganha até R$ 2.112. No entanto, aqueles que recebem dois salários mínimos passaram a ser tributados.

Quanto quem ganha 2 salários mínimos vai pagar de imposto?

De acordo com a Unafisco Nacional, a correção do salário mínimo no país que subiu de R$ 1.320 para R$ 1.412 em 2024, impacta diretamente a faixa de renda antes considerada isenta.

Tudo porque, de acordo com a tabela do IRPF de 2024 ficam isentos aqueles que têm renda de até R$ 2.112 por mês podendo adicionar uma parcela bônus de R$ 528,00. Neste caso, totalizam R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos de 2023. 

Segundo Mauro Silva, presidente da Unafisco Nacional, o aumento de 10,16% no salário mínimo em 2024 elevou os ganhos para quem recebia até dois salários mínimos no ano passado, agora passando a R$ 2.824. E com a correção da tabela, as cobranças serão de:

  • Quem ganha até 2 salários por mês (R$ 2.824): vai recolher R$ 13,80 de imposto mensalmente.

Atualização da tabela do Imposto de Renda

A Unafisco cobra do governo federal que a correção da tabela do Imposto de Renda aconteça pelo menos com base no IPCA acumulado desde 1996, descontando os ajustes ocorridos ao longo desse período.

Neste caso, a faixa de isenção seria corrigida em 133,65% e as demais faixas em 159,17%. O motivo pelo qual o governo não usa esse índice como referência, no entanto, é o fato de perder R$ 204 bilhões em arrecadação caso autorizasse essa mudança.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]