Geladeiras que custam abaixo de R$ 5 mil deixam de existir após nova medida do governo

Medida do Ministério de Minas e Energia vai aumentar o valor dos refrigeradores vendidos no país. Para associação da indústria de eletrodomésticos a medida do Governo vai atingir mais de 80% das geladeiras vendidas no país.

Geladeiras que custam abaixo de R$ 5 mil deixam de existir após nova medida do governo
Geladeiras que custam abaixo de R$ 5 mil deixam de existir após nova medida do governo (Imahem: FDR)

A compra de geladeiras deve pesar ainda mais no bolso dos brasileiros no próximo ano. De acordo com a Eletros, entidade que representa os fabricantes, a medida do MME vai resultar em refrigeradores 5 ou 6 vezes mais caros.

O aumento deve ser causado pelo Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores.

Aumento no valor das geladeiras

  • No último dia 8 de dezembro o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou aResolução nº 2/2023 que cria o Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores.
  • O texto estabelece novos índices de consumo de energia para as geladeiras fabricadas e comercializadas no país.
  • Inicialmente a medida alegrou os brasileiros, afinal, a ideia é reduzir o consumo de energia, consequentemente reduzindo o valor da conta de luz.
  • No entanto, segundo a Eletros, os novos índices propostos vão acabar com 83% dos refrigeradores disponíveis no marcado.
  • Com isso os brasileiros devem passar a contar apenas com as geladeiras de alto padrão; que têm valores entre R$ 5.280 e R$ 7.920.
  • A Eletros critica as regras mais rigorosas e o curto prazo para a implementação das mudanças.
  • Para a entidade duas grandes consequências negativas serão sentidas: a redução da compra do item por pessoas mais pobres e a redução dos postos de trabalho.
  • A Eletros afirmou que apresentou um estudo sobre esse cenário, mas, o Governo desconsiderou e publicou a medida.
  • A resolução deve começar a ser aplicada já a partir de 1º de janeiro.
  • A expectativa é de que ela atinja, principalmente, os chamados produtos de entrada, que têm valores entre R$ 1 mil e R$ 1.200, justamente os mais consumidos pelas pessoas de classes mais baixas.