Revisão no valor do Bolsa Família se torna uma ameaça proposta pelo Banco

Neste ano o valor do Bolsa Família foi revisado pela equipe social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além de substituir o Auxílio Brasil que havia sido criado pela gestão anterior, o benefício subiu em R$ 200. Mas, segundo um novo levantamento, a quantia a ser repassada poderia ganhar um outro modelo. 

Revisão no valor do Bolsa Família se torna uma ameaça proposta pelo Banco
Revisão no valor do Bolsa Família se torna uma ameaça proposta pelo Banco (Imagem: Marcos Rocha/ FDR)

Divulgada na última terça-feira (26) pela Folha de S. Paulo, uma nota técnica do Banco Mundial sobre o valor do Bolsa Família e seu funcionamento chamou atenção. Neste ano, o programa que foi criado em 2003, voltou a funcionar depois de ter sido substituído pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) em 2021.

O retorno do nome do programa de transferência de renda foi uma promessa de Lula durante a campanha eleitoral, e por meio de uma Medida Provisória que tem início imediato o presidente conseguiu cumpri-la. Além disso, aumentou a quantia a ser repassada saindo de R$ 400 no ano anterior, para R$ 600 este ano. 

Outra promessa de Lula e que se oficializou também no mês de março foi o aumento do valor do Bolsa Família para grupos mais numerosos. Uma das críticas do presidente ao antigo sistema era beneficiar com a mesma quantia as famílias unipessoais ou aquelas com crianças, jovens e gestantes.

Banco Mundial propõe revisão do valor do Bolsa Família

Hoje, o valor do Bolsa Família é composto da seguinte forma: R$ 600 mínimo para cada famílias + R$ 150 para crianças de 0 a 6 anos + R$ 50 para crianças acima de 7 anos, jovens de até 18 anos e gestantes. A ideia do governo é estabelecer que cada pessoa da família receba R$ 142 por mês.

Em setembro, por exemplo, com 21,47 milhões de famílias beneficiadas, o valor médio do programa chegou a R$ 686,89. A proposta do Banco Mundial, porém, é de que a quantia a ser paga pelo governo seja revisto e aumento.

A proposta é de que:

  • Seja incluso pagamento de R$ 150 por membro da família contemplada no programa;
  • R$ 150 extras para cada criança ou jovem até 18 anos;
  • Porém, o governo abriria mão do formato em que cada família tem acesso ao pagamento mínimo de R$ 600. Ou seja, não existiria um valor mínimo.

De acordo com o Banco Mundial, o novo modelo beneficiaria 46% das famílias atualmente atendidas pelo programa. No entanto, cerca de 43% dos beneficiários poderiam enfrentar reduções em seus repasses.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]