Em poucos dias deve ter início uma nova fase do programa Desenrola Brasil. Dessa vez devem conseguir negociar os consumidores que estão na faixa 1, cuja renda vai até R$ 2.640. O foco dessa vez é a negociação de dívidas não bancárias, para isso será possível contar com a participação do MEI (Micro Empreendedor Individual).
Vale lembrar que o MEI é todo trabalhador autônomo que abriu uma pequena empresa, com faturamento anual de até R$ 81 mil. Normalmente são pessoas que prestam serviço de forma artesanal, ou em menor proporção, por isso conseguem se limitar a contratação de um único funcionário.
O Desenrola Brasil, por sua vez, foi criado em julho deste ano beneficiando inicialmente quem está na faixa 2. Trata de consumidores que têm faturamento acima de dois salários mínimos até R$ 20 mil, e que têm interesse em negociar exclusivamente dívidas feitas em bancos.
As dívidas precisam ter sido adquiridas entre 2019 e dezembro do último ano. Neste caso é preciso que o próprio consumidor entre em contato com o banco que está devendo para tentar a negociação. As instituições têm oferecido condições especiais que incluem descontos acima de 90% no valor à vista.
Agora, com a nova fase prevista para ser lançada até o fim de setembro, não serão apenas as dívidas adquiridas em bancos que poderão ser negociadas. Até mesmo os débitos que estão abertos com o MEI podem ter uma proposta de acordo com condições especiais.
Como negociar dívidas com MEI no Desenrola Brasil?
A próxima etapa do Desenrola Brasil traz a possibilidade de renegociação das dívidas com varejistas e concessionárias, como companhias de água e luz. Além do MEI e pequenas empresas, desde que tenham passado por um processo de leilão.
Como forma de incentivar que as instituições participem, o governo vai usar o Fundo Garantidor de Operações (FGO), em R$ 8 bilhões, eliminando os riscos de inadimplência para os credores. Ou seja, caso o acordo não seja pago, eles poderão usar os recursos do FGO.
O MEI e as demais empresas tiveram até o dia 12 de setembro para se inscrever no programa e concordar com os termos. O consumidor deve aguardar a liberação da plataforma onde a dívida poderá ser negociada, ainda não há uma data exata.