Seja para quem vive da condução de veículos, usa o carro ou moto para atividades diárias, ou só tira da garagem aos finais de semana, o aumento da gasolina é sempre muito frustrante. Os valores para este combustível e para o óleo diesel já chegam ao maior patamar deste ano.
O valor da gasolina, etanol e óleo diesel que foram motivo de discussão e pressão no governo de Jair Bolsonaro (PL), voltam a assombrar o Brasil. Isso porque, embora tenham sido feitas mudanças na Petrobras, principal fornecedora do produto no país, o cenário mundial deve favorecer o aumento de preços.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou durante a campanha eleitoral o uso de referências internacionais para compor o preço dos combustíveis. Isso porque, nos últimos seis anos as relações de valores eram pelo cálculo PPI (Política de Preços Internacional). E o valor do dólar interferia no resultado final.
Em maio deste ano a Petrobras deixou de usar o PPI para calcular o quanto venderia a gasolina, diesel e etanol as distribuidoras. E ao invés disso passou a usar uma média entre: o maior valor que o comprador pode pagar sem verificar a concorrência, e o menor valor que pode ser vendido mantendo o lucro.
Um mês depois já foi possível sentir o resultado, com queda de 9% do diesel nas bombas, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). No entanto, especialistas não acreditam que os combustíveis se manterão em queda, e pelo contrário, devem subir cada vez mais até o fim do ano.
Valor da gasolina deve ficar maior em 2023
De acordo com uma reportagem produzida pelo Portal 360, especialistas enxergam que o valor da gasolina vai subir de forma gradativa até o fim deste ano. Hoje, de acordo com o portal, os combustíveis já estão em seu maior patamar e olhando para o cenário exterior a tendência é de crescimento.
Isso porque, haverá restrição na oferta de petróleo e aumento da demanda de consumo, juntos eles reajustarão o preço dos combustíveis para mais. No dia 5 de setembro foi anunciado pela Rússia e Arábia Saudita, duas potências deste meio, cortes na produção do petróleo.
A Arábia anunciou que por mais três meses deve ter a redução diária de 1 milhão de barris, enquanto a Rússia cortou a exportação em 300 mil barris por dia. Automaticamente, com menos produtos a disposição o preço final vai subir.
“O que devemos ter é um cenário de aumento nos preços combustíveis ou de estabilidade, pelo menos. O tamanho disso depende muito do comportamento da China. Não dá, pela conjuntura atual, para projetar uma redução nos preços, a não ser que tenhamos um desacelerando da economia global”, explicou Adriano Pires, sócio-diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) ao Poder 360.